Novo ministro do Trabalho, Brizola Neto diz que tem tarefa prioritária de unir o PDT

Ele participou de comemorações pelo Dia do Trabalho em São Paulo

São Paulo – O deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que toma posse amanhã (2), no Ministério do Trabalho e Emprego, disse hoje (1º) que terá de unir seu partido como uma primeira tarefa. Em evento de comemoração do Dia do Trabalho na zona norte de São Paulo, Brizola Neto disse, segundo a Folha Online: “Minha primeira tarefa será buscar reafirmar a unidade do partido e o apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff”.

A cúpula do partido não apoiava a indicação. Sobre isso, ele afirmou que é normal que haja escolhas e preferências pessoais em qualquer partido. Além de Brizola Neto eram cotados para o cargo o secretário-geral do partido, Manoel Dias, e o deputado Vieira da Cunha (RS).

Aos 33 anos, Brizola é o primeiro ministro efetivo após a demissão de Carlos Lupi, presidente do PDT, que deixou o governo em novembro passado após acusações de irregularidades. Durante as celebrações do 1º de Maio, o ainda deputado afirmou que não gostaria de fazer um discurso longo antes de tomar posse, na próxima quarta-feira (3). “Na relação entre o capital e o trabalho, o ministério tem um lado que é a proteção do regime de direitos e garantias do trabalhador brasileiro”, afirmou, ressaltando que há uma conjuntura favorável à conquista de direitos, com criação de emprego e crescimento econômico. “É esse o ambiente ideal para o avanço das lutas do movimento sindical e do conjunto dos trabalhadores. A união das centrais sindicais é o caminho e, em um ambiente de desenvolvimento econômico de um país que cresce e gera para o seu povo, a classe trabalhadora pode avançar.”

O vice-presidente do PDT, André Figueiredo (CE), afirmou ontem que Brizola Neto não é o nome “que mais agrada” a legenda, mas o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, negou hoje haver um racha no partido por causa da indicação de Brizola Neto. 

“O PDT não está rachado. É algo normal. Teve três nomes e um deles foi escolhido. As centrais sindicais indicaram o Brizola Neto”, disse Paulinho. 

CUT

O secretário de Finanças da CUT, Vagner Freitas, reafirmou apoio à escolha de Dilma. “O ministro Brizola Neto tem origem popular, isso é uma coisa importante. Tem sensibilidade para as questões do trabalho.”

Para Freitas, o ministério da gestão anterior foi aparelhado pela Força Sindical. “Então, o ministério fazia os interesses de uma central sindical. A CUT não é a favor nem contra ministro algum. Achamos que essa é uma questão da presidenta. Para isso, o ministério tem de ser republicano. Esse é o único recado que vamos levar para o Brizola Neto”, disse.