Parlamento paulista

Barros Munhoz, Vaz de Lima e Fernando Capez disputam presidência da Assembleia

Articulações para definir comando da Casa e líderes de bancada a partir de 15 de março estão a todo vapor. No PT, Alencar Santana, Beth Sahão e Geraldo Cruz são cotados para comandar partido

Imprensa/Assembleia Legislativa

Alckmin, empossado ao lado do então presidente da Casa, Samuel Moreira, e Enio Tatto, 1° secretário

São Paulo – Segundo especulações na Assembleia Legislativa de São Paulo, o presidente que vai assumir a Casa na 18ª legislatura, em 15 de março, deve sair entre três nomes do PSDB: Barros Munhoz, Vaz de Lima e Fernando Capez. O candidato escolhido pelos tucanos para presidir o Parlamento vai disputar provavelmente contra um único adversário, o deputado Carlos Giannazi (PSOL), que, como em 2013, entra na eleição para “marcar posição”. Há dois anos, o tucano Samuel Moreira foi eleito com esmagadora maioria de 90 votos a 1. O voto solitário foi do próprio Giannazi. O PSDB é dono da prerrogativa por ter a maior bancada (22 deputados), seguido pelo PT (14). Entre três os candidatos tucanos, Capez é o único que faz campanha aberta.

Ao contrário da estratégia adotada em Brasília para a eleição da presidência da Câmara, o PT não deve lançar candidato para disputar o comando do Parlamento paulista. Como já é tradição em São Paulo, o partido provavelmente fechará acordo com o PSDB e ficar com a 1ª secretaria, hoje ocupada por Enio Tatto.

Pela experiência, Barros Munhoz e Vaz de Lima disputam a presidência da Assembleia e a liderança do governo. Mas Munhoz é favorito ao cargo de presidente, se quiser. Ele já foi presidente da Casa em dois biênios consecutivos: de 2009 a 2011 e de 2011 a 2013. Vaz de Lima, que volta ao parlamento estadual, já presidiu a Assembleia de 2007 a 2009. Munhoz é mais confiável para o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Vaz de Lima foi indicado por José Serra (2009) como líder de seu governo no Parlamento em 2009. Fernando Capez tem o apelo de ter sido o deputado estadual com maior votação no estado, 306 mil votos. Orlando Morando, citado como candidato que corre por fora, é considerado apenas um balão de ensaio. Até 15 de março, porém, muita coisa pode acontecer.

Na opinião de Giannazi, o rolo compressor do Palácio dos Bandeirantes vai continuar com qualquer que seja o presidente. “Na verdade não vai mudar nada, porque o Alckmin vai continuar mandando na Assembleia”, diz o parlamentar.

A liderança do PSDB (hoje com Cauê Macris) deve sair também entre os três deputados cotados para assumir a presidência, assim como a liderança do governo, hoje nas mãos do deputado Barros Munhoz. Mas Carlos Bezerra Jr., deputado que tem boa interlocução com lideranças da oposição ao governador e já foi líder do PSDB na Assembleia durante o governo Alckmin, também pode aparecer como alternativa consensual capaz de aparar arestas e desentendimentos.

O deputado Chico Sardelli (PV) assumiu ontem (1°) a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo para um mandato “tampão” que se encerra em 15 de março. Sardelli substitui o agora ex-presidente Samuel Moreira (PSDB), que assumiu a vaga de deputado federal na Câmara, para a qual se elegeu em 2014. Sardelli não tem chance de ser eleito em março e permanecer no cargo.

No PT, informações de bastidores são de que três deputados estão cotados para assumir a liderança do partido na casa, hoje ocupada por João Paulo Rillo. Alencar Santana Braga (da região de Guarulhos), Beth Sahão (Rio Preto) e Geraldo Cruz (ex-prefeito de Embu das Artes por dois mandatos, de 2001 a 2008).

Suplentes

Ontem, tomaram posse na Assembleia os deputados suplentes nas vagas deixadas pelos parlamentares que conquistaram uma vaga na Câmara Federal: Ulisses Sales (PSD) agora ocupa a cadeira do ex-deputado Samuel Moreira (PSDB); Constância Félix (PDT), a de Major Olímpio (PDT); Dilador Borges (PSDB) fica no lugar de Bruno Covas (PSDB);  Uebe Rezek (PMDB), no de Baleia Rossi (PMDB); Vitor Sapienza (PPS) ocupa a vaga de Alex Manente (PPS); e Roberto Felício (PT) assume a vaga de Ana Perugini (PT).