Democracia em risco

‘Bolsonaro é presidente meio período’, afirma Haddad no 1° de Maio

Em ato pelo 1° de Maio no Pacaembu, em São Paulo, o candidato ao governo paulista diz que a democracia é vilipendiada todo dia pelo governo federal

Marlene Bergamo
Marlene Bergamo
"Na metade do dia, destrói o país. Na outra, brinca de jet ski e moto", afirmou o pré candidato do PT ao governo paulista ao referir-se a Bolsonaro

São Paulo – Líderes políticos que já passaram pelo 1° de Maio das centrais sindicais enfatizaram a necessidade de recuperar a economia por meio da consolidação da democracia. O ex-prefeito Fernando Haddad referiu-se a Jair Bolsonaro como “presidente meio período”, que precisa ser contido.

“Na metade do dia, destrói o país. Na outra, brinca de jet ski e moto”, afirmou o pré candidato do PT ao governo paulista. “A democracia está sendo vilipendiada todo dia”, acrescentou.

Para Haddad, as forças políticas têm de se unir em torno de Lula para defender a democracia. “O momento histórico exige que a gente tenha consciência de que tem muito mais coisa em jogo.” E os sindicatos, por sua vez, devem acompanhar as transformações no mundo do trabalho, como os jovens que trabalham com aplicativos.

A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também destacou o caminho do diálogo. “Não tem caminho fora da democracia”, afirmou, lembrando das alianças com vários partidos em torno da candidatura Lula. Na próxima terça (3), a direção do Solidariedade deve formalizar o apoio.

No palco se alternam dirigentes e artistas. O presidente da Contag (confederação dos trabalhadores na agricultura familiar), Aridtides Santos, falou em desmonte do Estado. “O campo perdeu muitas políticas públicas, a reforma agrária está parada e a produção de alimentos não tem o apoio necessário”, afirmou.

Em Fortaleza e Florianópolis

Com o mote “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, em Fortaleza, centrais sindicais, organizações políticas e movimentos sociais voltaram a ocupar às ruas para celebrar o Dia Internacional do dos Trabalhadores após dois anos de celebração virtual.

O ato teve concentração às 9h, na Areninha do Pirambu e de lá seguiu em marcha em direção à Vila do Mar, onde foi o encerramento com apresentações artísticas e culturais.

Ato em Florianópolis / Foto: Pricila Baade

Já em Florianópolis, cerca de mil trabalhadores e trabalhadoras se reuniram para fazer deste 1° de Maio mais um dia histórico de luta em defesa dos direitos, da democracia, da vida e pelo fim do governo Bolsonaro.

O dia começou chuvoso, mas o mau tempo não fez os trabalhadores fugirem da luta e logo o Sol abriu para marcar o dia na capital catarinense. Por meio da cultura, com apresentações do grupo Africatarina, do músico Toni Dias, e com uma batalha de rap, o ato mandou o recado que não aguenta mais esse governo.

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Com Redação RBA


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