1° de Maio

Vitória de Lula em outubro é importante para a América Latina, afirma sindicalista

“A esperança de Lula não está só nos brasileiros. É a nossa esperança para retomar os direitos”, diz o secretário-geral da Central Sindical das Américas (CSA), Rafael Freire

Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Lula no Dia do Trabalho em 2015: líder em defesa da democracia

São Paulo – “Este é um 1° de Maio demarcador”, afirma o secretário-geral da Central Sindical das Américas (CSA), Rafael Freire. Para ele, a vitória de Lula nas eleições de outubro significa a possibilidade de um reequilíbrio democrático em toda a região da América Latina.

“Quando tivemos o golpe no Brasil (referindo-se a 2016), a direita se organizou na região. A esperança de Lula não está só nos brasileiros. É a nossa esperança para retomar os direitos.” Rafael avalia que a ofensiva conservadora, aqui e em outros países, tem a ver com a questão geopolítica. “Nós éramos a única região no mundo que poderia construir algo no pós-neoliberalismo.”

O dirigente da CSA acredita a sociedade ainda terá que conviver com um período de violência. “Acho que vai ser uma recomposição muito longa. A única forma de superar isso é ter democracia com justiça social, reconstruir o tecido social. Só uma cultura democrática pode conter a extrema direita.”

Para ele, existe inclusive o risco de o atual presidente contestar o resultado, a exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos. “Se lá tiveram a ousadia de invadir o Capitólio, imagine no Brasil, onde não há respeito às relações democráticas”, diz Rafael.

O ato das centrais começou pouco depois das 10h, na praça Charles Miller, no Pacaembu, zona oeste de São Paulo. O ex-prefeito Fernando Haddad, pré-candidato ao governo estadual, chegou por volta das 11h30.

Pelo Brasil

Famílias camponesas no Piauí realizaram hoje doação de alimentos saudáveis para famílias na cidade de Picos. Ao todo, foram 400 cestas de alimentos doadas para os bairros Cidade de Deus, São Sebastião e Aerolândia do município e ao povo de terreiro.

Em Belo Horizonte, o 1° de Maio começou com um ato na praça Afonso Arinos que seguiu em marcha até a praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde é realizada a feira da reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Marcha em Belo Horizonte / Foto: Izabella Bontempo/Comunicação MAB

Em Petrolina (PE), o dia do trabalhador foi marcado por um ato político puxado pelo comitê de luta na cidade. O momento contou com a presença de militantes do Partido do Trabalhador, sindicalistas, movimentos populares e atrações culturais. A concentração aconteceu na feira do São Gonçalo, na zona oeste da cidade, para que o diálogo com os trabalhadores que garantem comida na mesa da população pudesse acontecer.

Leia mais: Inflação, desemprego e instabilidade política a cinco meses da eleição: o 1º de Maio grita por mudanças

Com informações do repórter Vitor Nuzzi