Frente democrática

PT, PSB, PCdoB e PV voltam a se reunir para discutir federação partidária

Governo de SP continua sendo um obstáculo à concretização da aliança. Ataque da deputada Tabata Amaral ao PT aumenta divergência

Divulgação
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Cúpula dos quatro partidos voltam a se reunir para debater aliança e superar divergências

São Paulo – Nesta quarta-feira (9), PT, PSB, PCdoB e PV voltam a se reunir para discutir as eleições de 2022 e a ainda possível federação partidária a ser formada entre as legendas. Participam do encontro os presidentes das agremiações: Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), José Luiz Penna (PV) e Luciana Santos (PCdoB). O acordo em torno do candidato ao governo de São Paulo continua sendo um obstáculo à aliança no formato de uma federação. O PT defende o nome do ex-prefeito Fernando Haddad. O PSB, o do ex-governador Márcio França.

A situação ficou um pouco mais tensa após a fala da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), ontem (8). Ligada ao empresário Jorge Paulo Lemann, ela atacou o PT, ao declarar que está “lutando bravamente” contra uma federação partidária unindo PSB e PT. Segundo ela, a posição do partido em São Paulo é “unânime” contra o acordo. A parlamentar afirmou, de acordo com a jornalista Mônica Bergamo, que o Brasil “comporta e precisa de uma esquerda mais moderna, que não olhe para União Soviética, ou para a Venezuela, mas sim para Portugal, ou para a Espanha, ou ainda para o Partido Democrata” (em referência à legenda norte-americana).

Minas Gerais

Há outras vaiáveis em jogo. Em Minas Gerais, os quatro partidos conversam no sentido de viabilizar um acordo que possibilite uma campanha conjunta de oposição ao governador Romeu Zema (Novo). Poderia haver um consenso que unisse as legendas de oposição em torno do prefeito Alexandre Kalil (PSD), se ele renunciar à Prefeitura e concorrer ao governo estadual.

“Chegou a hora de a onça beber água. Tanto para acomodar nossa turma que está cheia de dúvidas e também para uma coisa concreta que é o sinal que precisa ser dado nessa hora de janela partidária”, afirmou o presidente do PV, José Luiz Penna, de acordo com o jornal Valor Econômico. Para seu partido e o PCdoB, a federação pode significar até a sobrevivência, ameaçada pela cláusula de barreira.