#OutForaBolsonaro

Brasil não aguenta mais 15 meses de insanidade e incompetência, afirmam centrais

Para os dirigentes, esperar o próximo ataque à democracia “pode ser fatal”. Representantes de 21 partidos se juntarão ao ato dos movimentos pelo Fora Bolsonaro neste sábado

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Para centrais sindicais, é preciso apoio 'fora do campo' político habitual para pressionar o presidente da Câmara a pôr o impeachment em pauta

São Paulo – “O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade”, afirmam, em nota, as centrais sindicais, pedindo ampliação do leque político para aprovar o impedimento do presidente da República. “Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal.” No próximo sábado (2), haverá novas manifestações de protesto, no Brasil e no exterior pelo Fora Bolsonaro.

Segundo os dirigentes, é uma questão de “matemática” e não de ideologia. “Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment“, lembram. “Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.”

Mais de 20 partidos

Representantes de pelo menos 21 partidos políticos estarão na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. De todos os espectros políticos. Também participam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além das centrais e outros movimentos sociais. Até o fechamento deste texto, havia confirmação de 260 atos em 251 cidades e 16 países – #2OutForaBolsonaro.

Os sindicalistas querem insistir na pressão sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que inclua na pauta “um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas”. Caso contrário, acrescentam, será cúmplice nos crimes de responsabilidade.


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Centrais apoiam ampliação dos atos para outros campos do espectro político

Para aprovar o impeachment de Bolsonaro, é preciso unidade entre diferentes neste momento grave

As Centrais Sindicais têm participado de todas as manifestações contra Bolsonaro neste ano, a maioria de forma unitária. Neste 2 de outubro, mais uma vez CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública estarão juntas na luta pelo impeachment do pior presidente do Brasil de todos os tempos.

Além de milhares de trabalhadores, estudantes e ativistas de movimentos sociais, desta vez também estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes de partidos de todos os campos do espectro político – todos unidos pelo Fora Bolsonaro.

As Centrais Sindicais apoiam a ampliação da diversidade de atores nas ruas pois entendem que nada é mais urgente do que impedir que Bolsonaro continue o seu desgoverno criminoso. Um governo responsável por grande parte das quase 600 mil mortes por Covid, pelo desemprego recorde, pela devastação ambiental, pela volta da inflação e da carestia.

E que ameaça diariamente a nossa democracia e as nossas instituições, apesar de falsos recuos momentâneos e estratégicos que não enganam mais ninguém.

Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa.

Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.

O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade

Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal. Por isso, neste sábado estaremos todos juntos, exigindo que o presidente da Câmara, Arthur Lira, paute um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas. Se não ouvir a voz das ruas, Lira estará sendo cúmplice dos inúmeros crimes de responsabilidade de Bolsonaro contra o povo brasileiro.

Brasil, 30 de setembro de 2021

Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Antonio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Atenágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional – CSP-Conlutas

Edson Carneiro Índio
Secretário-geral – Intersindical Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor


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