CPI da Covid

Presidente da Anvisa se mostra técnico, mas esteve em aglomeração com Bolsonaro

Antônio Barra Torres, que é médico, esteve em aglomeração promovida pelo presidente Jair Bolsonaro em março de 2020

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Presidente da Anvisa esteve em aglomeração promovida por Bolsonaro em março de 2020

São Paulo – O presidente da Anvisa Antonio Barra Torres tentou mostrar uma postura técnica ao responder questionamentos de integrantes da CPI da Covid nesta terça-feira (11). No entanto, o gestor da agência reguladora também tem uma atuação política em seu histórico.

Na manhã de 15 de março de 2020, Barra Torres, que é médico, acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em manifestação diante do Palácio do Planalto, onde centenas de seguidores se aglomeravam. Questionado sobre sua participação, disse que sua conduta é diferente da do presidente.

“Ainda não havia a recomendação do Ministério da Saúde para o uso de máscara para toda a população, exceto profissionais de saúde”, respondeu, destacando que em live semanal de Bolsonaro “usou máscara durante toda a transmissão”.

Aglomerações

Uma semana antes daquele evento, porém, já havia orientações de autoridades de saúde nacionais e internacionais sobre medidas preventivas para barrar o contágio pelo novo coronavírus. Entre elas, evitar aglomerações.

“Agora está tão bonzinho na CPI do Genocídio. No ano passado, estava lá junto com o genocida sem máscara e incentivando aglomeração”, comentou Anne Elliot Eris por meio de sua conta no Twitter sobre o depoimento do presidente da Anvisa.

O evento em Brasília em março de 2020 foi simbólico. Sacramentou o início da campanha de Bolsonaro em favor do novo coronavírus. Participação, aliás, que foi negada pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em audiência da CPI na última quinta-feira.

Redação: Cida de Oliveira – Edição: Helder Lima


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