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Governo exonera Weintraub após ex-ministro chegar aos EUA

Bolsonaro publicou exoneração na manhã deste sábado, após irmão do ex-ministro confirmar saída do país. Weintraub é investigado pelo STF

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Como ainda não havia sido sido exonerado, Weintraub poderia entrar entrar no país com um passaporte diplomático

São Paulo – O governo de Jair Bolsonaro publicou na manhã deste sábado (20) uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) que oficializa a exoneração de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. O anúncio da demissão foi feito na quinta-feira (18).

A oficialização da exoneração de Weintraub veio minutos após a confirmação de que o ex-ministro foi para os Estados Unidos. Se a exoneração tivesse sido oficializada antes do ex-ministro viajar, ele não conseguiria entrar no país, que impôs uma série de restrições para brasileiros.

No início da manhã de hoje, Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro, disse pelo Twitter que Abraham está nos EUA. A informação foi confirmada pela assessoria do Ministério da Educação.

“Ainda não está claro como ele chegou aos Estados Unidos já que o país anunciou em maio a proibição da entrada de estrangeiros vindos do Brasil em seu território. A decisão foi tomada após o Brasil se tornar o segundo país com maior número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus”, lembra reportagem do Uol.

“Em tese, como ainda não havia sido sido exonerado, Weintraub poderia entrar entrar no país com um passaporte diplomático. Questionado sobre isso, o MEC não respondeu”, afirma ainda o Uol.

Para o senador Humberto Costa, a ida do ex-ministro para o exterior e sua exoneração após a confirmação da viagem caracteriza fuga. Isso porque Weintraub é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta-feira (17), o STF decidiu manter o agora ex-ministro no inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news contra integrantes da corte.

Costa disse nas redes sociais que “o governo deu fuga a um investigado pelo @STF_oficial. Isso não pode ficar assim. Essa burla à lei, essa humilhação imposta à Suprema Corte terá de ser rigorosamente investigada e todos os envolvidos severamente punidos”.

Com informações do Portal Fórum e do Uol.


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