Contra o golpe

Personalidades repudiam ordem de Bolsonaro para comemorar o 31 de março

Lista de mais de 100 intelectuais e representantes da cultura classifica manifestação do presidente como ‘inaceitável, repugnante e flagrantemente ilegal’

divulgação

Golpe: repúdio ao festejo do marco inicial de um regime caracterizado pela repressão e eliminação de opositores

São Paulo – Mais de 100 personalidades, entre jornalistas, advogados, psicanalistas, professores e profissionais do mundo das artes, assinaram uma nota de repúdio à ordem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para que as unidades militares no país comemorem o golpe de 1964, no próximo domingo, 31 de março. “Sob nenhuma legislação nacional ou internacional é lícito ou aceitável que se festeje o marco inicial de um regime caracterizado pela repressão e eliminação de opositores políticos, pela tortura, pelos desaparecimentos forçados e pela morte perpetrada por agentes do Estado”, afirma a nota.

A lista de assinaturas é encabeçada pelo detentor do prêmio Nobel da Paz em 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, que indicou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para concorrer ao mesmo prêmio neste ano. A lista também traz os nomes do músico e compositor Chico Buarque e do dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso.

“O ato de festejar a ruptura democrática e a política de Estado que mobilizou agentes públicos para a prática sistemática de crimes contra a humanidade, tais como a utilização sistemática de tortura, é inaceitável, repugnante e flagrantemente ilegal”, diz ainda a nota, que representa a voz também de vários professores estrangeiros, de países como Alemanha, Chile, Espanha, Inglaterra, Argentina, França, Estados Unidos e Holanda.

Confira a íntegra da nota.

Leia também

Últimas notícias