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Vicentinho: ‘Chinaglia terá apoio isolado de tucanos e peemedebistas para presidência’

Líder do PT na Casa não acredita no favoritismo do líder do PMDB, Eduardo Cunha, para a disputa que será decidida em 1°de fevereiro

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

PT vai continuar defendendo o plebiscito e a constituinte exclusiva, afirma líder do partido

São Paulo – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse acreditar na eleição do candidato do partido para a presidência da Casa, Arlindo Chinaglia (SP), e que não considera o peemedebista Eduardo Cunha (RJ) favorito, como tem sido dito na mídia por analistas políticos. Vicentinho afirmou que as articulações caminham no sentido de Chinaglia arregimentar apoios inclusive entre deputados isolados da oposição e mesmo do partido de Cunha. Além do petista e do líder do PMDB na Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG) está na disputa, que será decidida em 1° de fevereiro.

Segundo Vicentinho, Chinaglia tem o apoio em bloco de Pros e PCdoB e está em conversações adiantadas com o PDT por meio do líder da bancada Félix Mendonça Junior (BA). “Mas teremos apoio de parlamentares isolados até do PSDB, do PMDB e do DEM”, prevê o líder.

Vicentinho comentou as falas do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da presidenta Dilma Rousseff sobre a reforma política, na cerimônia de posse em Brasília, ontem (1°). No discurso, embora não tenha sido explícita na defesa do plebiscito da reforma política, Dilma falou em mobilização e participação popular.

“A reforma política “é responsabilidade constitucional desta Casa, mas deve mobilizar toda a sociedade”, disse Dilma. Já Calheiros falou em referendo. “Por sua complexidade e por se tratar de uma prerrogativa do Legislativo, é recomendável que o Congresso faça a reforma, e a submetamos a um referendo popular”, pregou.

No referendo, a população é consultada para aprovar ou não o que o Congresso deliberar; no plebiscito, o eleitor é perguntado diretamente sobre os temas da reforma.

O líder do PT diz que, independentemente da discrição com que Dilma mencionou a reforma política no discurso de posse, o PT vai continuar defendendo o plebiscito e a constituinte exclusiva. “Espero que se faça prevalecer o que deliberou o partido, que é a nossa meta independentemente do que deseja um personagem ou outro.”