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Reeleger Dilma, atrair jovens e movimentos sociais são prioridades do PT, diz Falcão

Eleito presidente do partido para os próximos quatro anos, deputado afirma que relação com o PMDB para as eleições de 2014 mostra 'um quadro mais ou menos mapeado”

Divulgação/Ricardo Weg

Em São Paulo não haverá conflito entre candidaturas do PT e do PMDB, diz deputado Falcão

São Paulo – Com 80% dos votos do Processo de Eleições Diretas (PED) apurados, e com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado estadual Rui Falcão é considerado eleito presidente do PT para comandar a sigla nos próximos quatro anos. Segundo ele, a principal “tarefa”, após a definição da composição do diretório nacional, cuja posse será em dezembro, será a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, “com base em apoios dos partidos aliados e na sociedade, em condições que ela possa avançar ainda mais as conquistas que obtivemos desde o presidente Lula”. Ele era vice do partido e assumiu a presidência em abril de 2011, após a renúncia do então mandatário José Eduardo Dutra, por problemas de saúde.

Entre as outras prioridades, Falcão diz que está a de “trazer mais jovens para o PT e tornar as relações com os movimentos sociais ainda mais estreitas do que é atualmente”. Outra tarefa mencionada é “nos atirar na formalização das alianças com os partidos do campo da base aliada, tarefa que já se iniciou ao longo do PED”. As definições dessas alianças, porém, só devem ocorrer no ano que vem, por ocasião das convenções partidárias.

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Falcão afirmou ainda que a democratização da mídia será uma das bandeiras de seu mandato no comando do PT. No domingo (10), circulou o abaixo-assinado com a proposta nos postos eleitorais do PED.

Segundo Falcão, o quadro, com relação ao PMDB, está “mais ou menos mapeado” e não há expectativa de conflitos de interesses relevantes em 2014. “Há um convencimento mútuo de que em vários estados haverá duas candidaturas, num processo civilizado, sem rupturas, e ampliando os palanques da presidenta Dilma”, analisou. “É o caso de São Paulo, por exemplo, em que há um convencimento de que as duas candidaturas podem caminhar em paralelo. Em outros há intenção do PMDB de que a gente pudesse abrir mão da nossa candidatura, como no caso do Rio.”

Em vários estados, a chamada engenharia política vai estar subordinada ao que o partido entende que será melhor para a candidatura da presidenta Dilma. No Maranhão, Falcão reconhece dificuldades na relação com o PMDB, mas vislumbra uma solução: “Há uma tendência forte de um setor da nossa militância no sentido de apoiar o Flavio Dino (PCdoB) para o governo, e há um setor que quer apoiar a Roseana (Sarney) para o Senado. Talvez essa possa ser uma solução salomônica, se a militância assim entender”.

Até o último boletim, Rui Falcão tinha 236.879, ou 70,16% dos votos válidos, seguido pelo deputado federal Paulo Teixeira (SP), da corrente Mensagem ao Partido, com 66.809 (19,79%). Valter Pomar, da Articulação de Esquerda, estava em terceiro, com 19.019 (5,63%).  O secretário de Movimentos Sociais do PT, deputado federal Renato Simões (SP), da corrente Militância Socialista, obteve 8.903 votos (2,63%). Os candidatos das correntes mais à esquerda, Serge Goulart e Markus Sokol, juntos, não chegam a somar 2% dos votos válidos.

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