Dilma: País está pronto para ‘próxima batalha’, a da educação

Durante entrevista, presidenta diz que combate à miséria está 'prestes a terminar', fala dos investimentos em infraestrutura e critica 'hipertrofia' das estruturas de fiscalização em detrimento da execução de projetos

antonio cruz/abr

Para Dilma, políticas de austeridade de governos neoliberais travaram o país

São Paulo – Em entrevista ao jornalista Luis Nassif, do portal GGN, a presidenta Dilma Rousseff (PT) reafirmou sua convicção de que a sequência de ações iniciadas em 2003, com o ex-presidente Lula, e ampliadas por seu governo irão transformar o Brasil “em um país rico, de classe média”. Segundo ela, o combate à miséria absoluta está “prestes a terminar”. Entre as próximas “frentes de batalha”, a principal, diz ela, é a educação, ao lado da competitividade.

A presidenta revelou que, entre os filhos de famílias que recebem o Bolsa Família, 1 milhão já se formaram a partir de programas voltados para o ensino técnico, como o Pronatec.

“Os analistas ainda não se deram conta da extensão do trabalho em educação”, afirma, falando especialmente dos investimentos em formação de mão de obra.

No aspecto da infraestrutura, ela lembra a experiência vivida pelo presidente norte-americano Dwight Eisenhower (1953-61), que também foi Comandante Supremo das Forças Aliadas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

“Hoje em dia, temos condições de planejar estrutura ferroviária, porque os portos são importantes, porque rodovias estão sendo duplicadas.  Eisenhower, quando assume governo norte-americano, duplicou todas as estradas. [Antes] chefiou as Forças Aliadas na Segunda Guerra. Planejou atravessar a França para chegar e Berlim em determinado prazo. O planejamento foi em cima da experiência antiga com as estradas francesas, estreitas. Quando entrou nas autobans, a chegada em Berlim foi abreviada. Aí ele entendeu a importância das autoestradas. Levou 15 anos para duplicar as estradas norte-americanas. Nós duplicamos os principais eixos [em 10 anos]”, compara.

Durante a entrevista, ela falou também de programas “fundamentais” para a agricultura, como a recém-lançada política de armazenagem e os R$ 157 bilhões destinados ao agronegócio e à agricultura familiar, no Plano Safra 2013/2014. E disse que “ainda não caiu a ficha” dos analistas sobre as potencialidades do pré-sal, cujo primeiro leilão, o do Campo de Libra, está marcado para 22 de outubro.

“A Petrobras foi contratada para furar um poço. Fez a prospecção e constatou, inicialmente, uma capacidade potencial de 5 bilhões de barris equivalente de petróleo. Depois, pegaram os mapas de sísmica em 3D e enviaram para análises em Londres. Os últimos dados apontam para uma capacidade de 8 a 12 bilhões de bpe. É algo em torno de 2/3 do total das reservas brasileiras descobertas em toda sua história”, comemora.

Dilma também criticou a “hipertrofia das estruturas de fiscalização”, em detrimento das de execução, numa crítica ao projeto neoliberal que predominou no país antes do governo Lula. “O país paga um preço de 20 anos com austeridade fiscal e baixa projeção econômica e de investimento. Ninguém passa imune por isso”.

Leia a íntegra da entrevista no Portal GGN.

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