Sindicalistas tucanos elogiam Dilma pela privatização dos aeroportos

Já os dirigentes cutistas protestaram durante o leilão dos terminais de Guarulhos, Campinas e Brasília, ocorrido nesta segunda (6)

São Paulo – Tucanos do núcleo sindical do partido aprovaram na manhã desta terça-feira (7) moção de apoio ao processo de privatização dos aeroportos de Campinas, Guarulhos e Brasília, ocorrido na segunda (6), na Bolsa de Valores de São Paulo. Eles reuniram-se na zona sul da capital paulista para preparar o primeiro congresso sindical nacional do PSDB, previsto para abril.

Para os dirigentes cutistas, não há nada aprovável na privatização dos terminais. Eles registraram seu repúdio na manhã de segunda, enquanto ocorria o leilão. Eram militantes do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Movimentos Populares (CMP), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Pátria Livre (PPL), que gritavam na porta da Bovespa as palavras de ordem ” Dilma, eu não me engano, privatizar é coisa de tucano”. 

Para o grupo tucano, liderado por Antonio de Sousa Ramalho, vice-presidente da Força Sindical e secretário nacional de Políticas Sindicais do PSDB, e por Melquíades de Araújo, fundador do partido e também vice-presidente da Força, as condições de conforto e segurança dos aeroportos devem melhorar “consideravelmente” com a atuação da iniciativa privada. 

Os dirigentes avaliam que houve amadurecimento na “mentalidade estatizante” que o PT pregava nos anos 1990.  “Pode até ter demorado um pouco demais, mas parece que finalmente o modelo estatizante defendido nos anos 90 dá lugar à modernidade de gestão e de parcerias que o PSDB sempre defendeu. A presidente Dilma está de parabéns”, disse Araújo.

Para o secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, a privatização dos aeroportos representa um descarrilhamento do governo. “A proposta neoliberal de sucateamento do patrimônio público e abertura ao capital internacional foi derrotada nas urnas, pois todos sabemos o que significou a privatização da telefonia, da energia e da siderurgia. Neste momento em que o país precisa crescer e se desenvolver para enfrentar os impactos da crise internacional, não podemos permitir o retrocesso. Ao privatizar os aeroportos, o governo não está sendo leal com o voto das urnas e a CUT não vai admitir essa violência”, ressaltou.

 

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