Centrais fazem ato por valorização do mínimo

O presidente da CUT, Artur Henrique, em discurso na Paulista: este será o ano de avançar nos direitos dos trabalhadores (Foto: Mauricio Morais/Seeb-SP) São Paulo – As centrais sindicais realizaram […]

O presidente da CUT, Artur Henrique, em discurso na Paulista: este será o ano de avançar nos direitos dos trabalhadores (Foto: Mauricio Morais/Seeb-SP)

São Paulo – As centrais sindicais realizaram ato público em São Paulo em defesa do salário mínimo de R$ 580, da correção da tabela do Imposto de Renda e por uma elevação maior dos rendimentos de aposentados e pensionistas que recebem benefício acima do mínimo. A manifestação acontece na Avenida Paulista desde as 11h30 e, segundo a PM, reúne cerca de mil pessoas.

Os trabalhadores querem ser recebidos pela presidente Dilma Rousseff para debater as reivindicações, em vez de definir os valores e percentuais por medidas governamentais. Nos discursos que abriram o ato, o mote geral é que, apesar de terem ajudado a eleger a nova presidente, os trabalhadores não abrirão mão de lutar por seus direitos e pelas conquistas já alcançadas.

“Dilma colocou como meta (de governo) a erradicação da miséria e o primeiro passo é a aumentar a renda do trabalhador”, disse Artur Henrique Silva, presidente da CUT.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, cobra resposta do governo sobre o pedido de audiência apresentado na semana passada e considera que Dilma terá muito trabalho caso decida ouvir os “burocratas”. “Estamos incomodados com esse início de governo. Antes de assumir, o ex-presidente Lula se reuniu com as centrais duas vezes. Na época, disse que, se não pudesse atender às demandas, continuaria a conversar.”

A organização do movimento já anunciou que, caso as centrais não consigam um encontro rapidamente com a presidência, o próximo passo será acampar em frente ao Palácio do Planalto, a partir de 1º de fevereiro, como forma de pressionar pela negociação.

Para Artur Henrique, a mobilização será positiva. “Começamos muito bem 2011, ocupando as ruas. Este será o ano de avançar na conquista dos direitos das classes trabalhadoras. A política de valorização permanente do salário é minimo é uma conquista nossa e um instrumento poderoso de distribuição de renda.”

Imposto de Renda

Após o ato, as centrais apresentaram ação civil pública na qual pedem a correção da tabela do Imposto de Renda. O governo não sinalizou até agora que vá promover a atualização com base na inflação do ano passado, o que levou os representantes a ingressar com o pedido na Justiça.

A leitura é de que não corrigir a tabela do IR significa, na prática, colocar a perder uma parte dos reajustes salariais conquistados em 2010. Devido ao aumento, muitas pessoas ingressaram em uma nova faixa de tributação e passarão a pagar mais impostos caso não haja atualização dos valores. Atualmente, está isento de pagamento quem recebe até R$ 1.499,15 mensais. Caso o pedido das centrais seja aceito, o valor sobe a R$ 1.599. As entidades pedem que o Judiciário aceite a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que ficou em 6.46% no ano passado.

 

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