No Piauí, base governista tenta manter coalizão e continuidade

Wellington Dias admite deixar o governo em abril para disputar cadeira no Senado

Wellington Dias (Foto: Benonias Cardoso)

Com um índice de aprovação pessoal acima da casa dos 80% em seu estado, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), pode não ir até o fim de seu segundo mandato, em 31 de dezembro deste ano. É possível que deixe o governo em abril para disputar uma cadeira no Senado.

Dias considera uma das prioridades do ano construir uma estratégia eleitoral que culmine na “continuidade do projeto” a partir de 2011. E  comanda um esforço de manter unida uma base composta por 12 partidos, quatro deles com candidatos a sucedê-lo: o atual secretário de Educação, Antônio José Medeiros (PT); o vice-governador Wilson Martins (PSB), o deputado federal Marcelo Castro (PMDB); e o senador João Vicente Claudino (PTB).

Em defesa das alianças partidárias, o governador atribui a elas grande parte do sucesso de suas duas gestões, num estado que terminou o século 20 com o pior Índice de Desenvolvimento Humano do país (abaixo de 0,6) e espera iniciar a próxima década com IDH dentro da média nacional (acima de 0,8). “Nós tivemos o apoio da quase totalidade da bancada federal no Congresso; na Assembleia Legislativa, mesmo os membros da oposição se posicionaram a favor em praticamente todas as importantes; e houve uma boa integração com os municípios”, afirma.

A decisão de disputar o Senado estará subordinada à estratégia de fortalecer a coalizão local e, no plano nacional, ampliar a bancada do bloco de esquerda. “Existe uma possibilidade de chegarmos a um entendimento com os 12 partidos que compõem a base do meu governo. Se para esse entendimento for importante a minha candidatura ao Senado, eu estou pronto”, afirmou o governador. A data-limite para ocupantes de cargos públicos que pretendem disputar a eleição em outubro se desincompatibilizarem é 2 de abril.

Wellington Dias foi bancário do Banco do Nordeste, Banco do Estado do Piauí e da Caixa Econômica Federal. Presidiu a Associação de Pessoal da Caixa (Apcef) e o Sindicato dos Bancários de seu estado. Foi vereador, deputado estadual, federal e venceu as duas eleições que disputou para governador, em 2002 e 2006, no primeiro turno. No último dia 9 de fevereiro, recebeu com exclusividade a reportagem da Revista do Brasil.

Ouça trecho da entrevista. A íntegra está programada para a edição de abril.

 

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