Desastre

Número de vítimas na Turquia e na Síria passa de 5 mil, após o maior terremoto em 80 anos na região 

Mais de 30 horas após o tremor, número de vítimas na Turquia subiu para 3.419 e para 1.612 na Síria. OMS calcula que, ao todo, 23 milhões de pessoas deverão ser afetadas

Reprodução / Twitter / @UNOCHA
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Condições climáticas nas regiões afetadas na Turquia dificultaram o acesso das equipes de resgate, segundo o governo turco

São Paulo – As equipes de resgate seguem os intensos trabalhos nesta terça-feira (7) nas regiões da Turquia e da Síria atingidas por forte terremoto na madrugada desta segunda (6), que até agora já fizeram cerca de 5 mil vítimas. Na Turquia, o número mais atualizado de pessoas mortas pelo maior tremor em 80 anos é de 3.419. O dado foi divulgado nesta manhã pelo vice-presidente do país, Fuat Oktay. Já na Síria, o balanço é de 1.612 óbitos confirmados, segundo levantamento do governo e da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Pelo menos 20,5 mil pessoas estão feridas, passadas 30 horas do terremoto, que durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria. Milhares ainda estão sendo resgatadas e outras milhares seguem desaparecidas. De acordo com o governo turco, mais de seis mil edifícios e casas foram destruídos. E milhares de famílias precisarão de ajuda “por muito tempo”, conforme apontou a Cruz Vermelha. 

Em reunião nesta terça em Genebra com governos de todas as regiões, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o tremor pode afetar 23 milhões de pessoas, incluindo 5 milhões em condições de vulnerabilidade. Ainda na noite de ontem, a mesma OMS há havia passado a informação aos governos de que o número de mortos poderia chegar a ser oito vezes o volume até então registrado. Naquele momento, o total de óbitos era de 3,4 mil vítimas. 

Pior tremor desde 1939

O primeiro tremor registrado ontem atingiu 7,8 graus na escala Richter – usada para medir terremotos. Não há registros históricos de um tremor que tivesse ultrapassado os 10 pontos da escala. O abalo foi registrado às 4h17 pelo horário local (22h17 de domingo em Brasília). Outras dezenas de tremores secundários foram registrados em seguida, sendo que um deles chegou a 7,7 graus na mesma escala. A série de novos abalos aumentou dramaticamente o número de estruturas atingidas, os estragos causados e a consequente alta das mortes. 

Este segundo forte tremor teve o epicentro no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. Mas o raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros, o que fez com que ele fosse fortemente sentido em um grande número de municípios e cidades dos dois países. Foi o pior terremoto desde 1939 na região, que é propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas. 

Ajuda internacional à Turquia e Síria

Os trabalhos de resgate de vítimas soterradas e recolhimento de corpos estão sendo dificultados pelo clima. O inverno rigoroso na região está fazendo com que muitas pessoas que tiveram suas casas atingidas fiquem na rua em meio a neve e chuva em muitos pontos onde o tremor foi mais intenso. Além disso, segundo o vice-presidente turco, as condições climáticas severas também dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas. 

No total, mas de 24 mil pessoas atuam na busca por sobreviventes. A ajuda internacional também começa a chegar de organizações como ONU, União Europeia e do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Assim como de governos dos Estados Unidos, China, Rússia, Índia e dezenas de outras nações. O Brasil se solidarizou com os países nesta segunda e sinalizou que trabalha com as autoridades locais e outros parceiros para avaliar que tipo de auxílio prestará. 

(*) Com informações dos portais g1 e UOL