Tragédia

Terremoto atinge Turquia e Síria, e deixa ao menos 2.450 mortos e 10.800 feridos

Tremor de magnitude 7,8 na escala Richter atingiu os dois países durante madrugada de frio e neve. Milhares de prédios desabaram e equipes buscam sobreviventes

Redes sociais/reprodução
Redes sociais/reprodução
Equipes de socorristas buscam sobreviventes nos escombros de prédios destruídos por terremoto que atingiu parte da Síria e da Turquia

Matéria publicada às 7h32. Última atualização às 14h06

São Paulo – Forte terremoto atingiu na madrugada desta segunda-feira (6) o sudeste da Turquia e o noroeste da Síria. Até as 14h (horário de Brasília, 20h30 em Istambul), as notícias davam conta de pelo menos 2.450 pessoas mortas nos dois países. Na Turquia, o mais recente relatório aponta 1.541 vítimas confirmadas e cerca de 8.500 feridos. As informações foram divulgadas pelo vice-presidente do país, Fuat Oktay. Já na Síria são pelo menos 918 mortos e 2.315 feridos, segundo a agência oficial Sana. O terremoto, que durou cerca de um minuto e meio, também foi sentido no Líbano e no Chipre.

Ainda é esperado um aumento do número de mortos e feridos, à medida que avançam os trabalhos de resgate em busca de sobreviventes nas regiões afetadas. Só na Turquia, os relatos são de que ao menos 2.800 prédios desabaram devido ao terremoto.

Segundo o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências, o epicentro do tremor foi a 10 quilômetros da superfície. A autoridade turca responsável por administrar desastres e emergências disse que o tremor em 7,8 na chamada escala Richter e que a origem se deu perto da cidade de Kahramanmaras. Na Síria, as províncias mais atingidas foram Hama, Alepp e Latakia.

O abalo derrubou prédios em várias cidades e equipes de regaste buscam por sobreviventes nos escombros. A terra começou a tremer pouco depois das 4h. A região passa por um período de inverno rigoroso e a noite além de fria, foi chuvosa e com neve. Enquanto as construções desabavam, fortes tremores secundários eram.

Vários edifícios também foram destruídos em partes da cidade síria de Aleppo, informou o canal de TV Suriya, daquele país. O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse que o nível de alerta máximo foi emitido no país devido aos terremotos que afetaram várias regiões.

Resgates

O governo turco declarou “nível de alarme 4”, ou seja, clamando por ajuda internacional. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que está em contato permanente com as autoridades das cidades atingidas. “Espero que possamos superar esse desastre juntos o mais rápido possível e com o mínimo de danos”, completou, em mensagem pelas redes sociais.

O primeiro-ministro, Rishi Sunak, afirmou no Twitter que o Reino Unido está pronto para oferecer assistência à Turquia e à Síria: “Meus pensamentos estão com o povo da Turquia e da Síria esta manhã, especialmente com os socorristas que trabalham tão bravamente para salvar aqueles presos pelo terremoto. O Reino Unido está pronto para ajudar da maneira que pudermos”, postou.

Por sua vez, o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, divulgou comunicado no mesmo sentido. “Estamos prontos para fornecer toda e qualquer assistência necessária. O presidente Biden instruiu a Usaid e outros parceiros do governo federal a avaliar as opções de resposta dos EUA para ajudar os mais afetados. Continuaremos a monitorar de perto a situação em coordenação com o governo da Turquia.”

Síria abalada

O presidente sírio, Bashar al-Assad, convocou reunião de gabinete de emergência para avaliar os danos e discutir as medidas a serem adotadas. O terremoto de hoje, quando chovia até granizo, é mais um duro golpe para a população das cidades afetadas, em meio à guerra civil no país, que já dura quase 12 anos.

A região de Gaziantepe, muito atingida, é um importante centro industrial da Turquia, país está situado numa das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Em novembro, um sismo de magnitude 5,9 atingiu a província turca de Düzce, a 200 quilômetros ao leste de Istambul, deixando pelo menos 68 feridos.

Com agência Sputnik e redações



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