55º DIA

Rússia inicia grande ofensiva em Donbass; ucranianos se rendem em Mariupol

Governo russo anunciou “segunda fase” dos ataques à Ucrânia e aumentou número de bombardeios

Sputnik / Sergei Guneev
Sputnik / Sergei Guneev
Ainda hoje, o chanceler russo, Serguei Lavrov, disse que "outro estágio dessa operação está começando e estou certo de que será um momento especial

São Paulo – No 55º dia de guerra, a Rússia confirmou, nesta terça (19), ter iniciado uma ofensiva pelo controle do leste da Ucrânia, o Donbass, e comunicou ter quadruplicado o número de alvos militares atingidos no país em relação à madrugada anterior.

Ainda hoje, o chanceler russo, Serguei Lavrov, disse que começa “outro estágio” da operação e que “será um momento especial”. A batalha começou com um amplo bombardeio de 315 alvos com mísseis, na última segunda-feira (18), de acordo com o governo da Ucrânia. Nesta manhã, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter atingido 1.260 alvos militares, com mísseis e artilharia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse, ontem, que as forças russas lançaram uma nova ofensiva de grande escala no leste da Ucrânia. “Agora podemos confirmar que as tropas russas iniciaram a batalha por Donbass, que estão preparando há muito tempo. Uma grande parte do Exército russo está agora engajada nesta ofensiva.”

No final de março, um mês após o início da guerra com a Ucrânia, o governo da Rússia declarou o fim da primeira fase de sua ofensiva e anunciou que concentraria seus esforços na “liberação completa” da região de Donbass, no leste do país. Desde a madrugada de hoje, as forças russas bombardeiam posições em toda a região, iniciando o que sugere ser um movimento para contornar a antiga divisa entre as áreas separatistas do Donbass e as controladas por Kiev, visando o cerco de talvez 40 mil militares ucranianos.

Rússia domina Mariupol

O Ministério da Defesa da Rússia deu um novo ultimato para a rendição da cidade ucraniana de Mariupol. Horas depois, o governo russo confirmou que soldados ucranianos se renderam no complexo industrial de Azovstal. A siderúrgica era o último ponto de resistência ucraniana em Mariupol.

O ministério russo disse ainda que abriu um corredor humanitário para a retirada desses militares que “voluntariamente baixaram as armas”. Segundo relatos locais, além dos soldados que resistem em Azovstal, outros mil civis se refugiaram dentro do complexo.

No último domingo (17), o gabinete de Defesa da Rússia afirmou que as tropas russas já haviam ocupado toda a área urbana de Mariupol, restando apenas um grupo de combatentes ucranianos numa siderúrgica. Como resposta, Volodymyr Zelensky alertou que a tomada da cidade encerraria as negociações de paz com Moscou. 


Leia também


Últimas notícias