Para culpar Moscou

Rússia acusa Ucrânia de preparar ataques a templos e igrejas

Ministério da Defesa da Rússia anuncia destruição de grandes remessas de armas estrangeiras por mísseis de alta precisão

© Sputnik / Viktor Antonyuk (26/03/2022)
© Sputnik / Viktor Antonyuk (26/03/2022)
Terminal do aeroporto de Mariupol "libertado" após ataque de forças pró-russas da Milícia Popular de Donetsk

São Paulo – O coronel-general Mikhail Mizintsev, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Rússia, alertou nesta segunda-feira (18) que Kiev prepara “terrível provocação”, programada para ser disparada durante a Páscoa ortodoxa (celebrada de 23 a 24 de abril), com vítimas nas regiões ucranianas de Zaporozhie, Nikolaev, Odessa, Sumy e Carcóvia. Segundo os russos, as ações projetadas serão “sofisticadas e hediondas”, com muitas vítimas, e inclui “invadir templos e igrejas ortodoxas na noite de Páscoa”. O objetivo ucraniano, completa, será acusar os russos.

Mizintsev disse ainda que Kiev pretende convidar jornalistas ocidentais para lhes mostrar os “excessos dos russos” e “espalhar imediatamente” notícias falsas. Moscou exortou as Nações Unidas, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras organizações internacionais a trabalharem para evitar essa “terrível provocação”. O alerta foi divulgado na imprensa europeia.

A Guerra da Rússia contra a Ucrânia entrou no 54º dia com o anúncio, por parte de Moscou, da destruição de um centro de logística nas imediações de Lviv, no oeste da Ucrânia, e grandes remessas de armas estrangeiras, segundo o porta-voz do Ministério da Defesa (MD) da Rússia, general Igor Konashenkov. “Na manhã de 18 de abril, mísseis de alta precisão lançados atacaram o 124º Centro Conjunto de Logística do Comando de Forças Logísticas da Ucrânia, próximo de Lviv”, disse.

De acordo com ele, o centro de logística e as armas entregues à Ucrânia pelos Estados Unidos e União Europeia nos últimos seis dias foram destruídos.

Mariupol em disputa

No domingo, a Rússia exigiu a rendição dos soldados ucranianos que resistem em Mariupol (no oeste, outro extremo do país em relação a Lviv). Moscou teria se comprometido a poupar as vidas dos que se rendessem. Já Kiev afirmou que as forças de seu país “lutarão até o fim”. Os ucranianos vão continuar a defender a cidade mesmo com o ultimato russo, dizem os militares da Ucrânia.

E o presidente do país, Volodymy Zelensky, prometeu que não haverá mais negociações se Mariupol cair. As forças remanescentes da cidade são formadas basicamente por militares do Batalhões de Azov, grupo neonazista que trabalha em conjunto com a Ucrânia, de acordo com os russos. No sábado (16), o MD informou que “limpou” toda a área urbana de Mariupol das forças ucranianas e bloqueou combatentes na siderúrgica Azovstal, segundo a agência de notícias russa RIA Novosti.

EUA querem guerra

Moscou continua insistindo que os Estados Unidos trabalham para prolongar a guerra o quanto possível. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prevê que o conflito pode se prolongar até o final de 2022. Moscou diz acreditar nos indícios de que essas não são opiniões, mas a “verdadeira intenção de Washington”, sublinha editorial do jornal estatal chinês Global Times.

Ao invés de, como liderança mundial, trabalhar pela paz como um bem universal, Washington faz todos os esforços para incentivar a guerra. “Esta previsão de Washington, de fato, está dizendo à Ucrânia para ir em frente, que ‘nós vamos apoiar vocês’. A Ucrânia está sendo profundamente explorada, usada como um peão”, diz o jornal chinês.

Com informações de Sputnik Brasil

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