Acusado diz ter agido para ‘castigar’ por ‘importação’ de muçulmanos na Noruega

Número de mortos é revisto para baixo: foram 76 vítimas

Em manifesto escrito pelo atirador, a mistura de raças em países como o Brasil se provou “catastrófica” e o resultado são altos níveis de corrupção, baixa produtividade e conflitos entre as diferentes culturas(Foto:©Jon-Are Berg-Jacobsen/Reuters)

São Paulo – O acusado pelo duplo atentado em Oslo, na Noruega, na sexta-feira (22), disse que o objetivo dos ataques era “castigar a social-democracia” do país. Apesar de admitir ter posicionado o carro-bomba em frente ao complexo governamental na capital nacional e ter disparado contra jovens acampados na ilha de Utoya, ele diz não se sentir “culpado” –  e chegou a se declarar inocente.

Perante um juiz, em depoimento a portas fechadas nesta segunda-feira (25), Anders Behring Breivik afirmou que os membros do Partido Trabalhista traíram o povo norueguês por ter provocado a “importação em massa de muçulmanos”, além de promover o “marxismo cultural”. As informações são de um porta-voz do tribunal de Oslo. O objetivo dos atentados era tentar reduzir as chances de os trabalhistas permanecerem no poder.

Após o depoimento, ele teve prisão preventiva decretada. Por quatro semanas, o detento será mantido em isolamento, sem direito a receber cartas nem visitas, além de ficar impossibilitado de conceder entrevistas.

Breivik afirmou que existem “outras duas células” de sua organização. Apesar disso, a polícia afirma, desde domingo (24), ter evidências de que o autor dos atentados agiu sozinho. Nos interrogatórios anteriores, à polícia, o norueguês de 32 anos havia admitido a responsabilidade pelos ataques, classificados por ele como “atrozes, mas necessários”, segundo seu advogado. 

O acusado manifestava posições conservadoras e ultradireitistas em redes sociais. Chegou a comandar um número do Partido Progressista norueguês e teria comprado seis toneladas de fertilizantes a partir de uma pequena propriedade rural. Uma das possibilidades é que o defensivo agrícola tenha sido usado para fabricar os explosivos.

Recontagem

O número de vítimas dos atentados foi menor do que o divulgado inicialmente. Segundo a polícia norueguesa, 76 pessoas morreram, e não 93, como divulgado antes. Na ilha de Utoyea, foram 68 homicídios; no centro de Oslo, as mortes foram oito.

Com informações do Opera Mundi e da Agência Brasil.