Obama pede pressa ao Congresso para aprovar medidas de imigração nos EUA

Obama discursa no Capitólio, em Washington: lei de imigração, reforço militar e ameaças à Coreia do Norte e Irã (©Kevin Lamarque/Reuters) Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, […]

Obama discursa no Capitólio, em Washington: lei de imigração, reforço militar e ameaças à Coreia do Norte e Irã (©Kevin Lamarque/Reuters)

Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou ontem (12) para que o Congresso americano adote uma lei mais “abrangente” sobre o sistema de imigração no país. Segundo ele, as mudanças devem ocorrer “nos próximos meses”. Obama não mencionou diretamente a América Latina nem seus imigrantes na região, apesar de ser a região de onde chega a maior parte dos estrangeiros.

“Nossa economia é mais forte quando usamos os talentos e a criatividade dos imigrantes cheios de esperanças”, ressaltou Obama, lembrando que a reforma necessitará de “uma segurança sólida das fronteiras oferecendo um caminho [em direção à cidadania]”.

No final de janeiro, oito senadores – quatro aliados de Barack Obama e quatro republicanos – apresentaram um texto preliminar sobre a regularização da naturalização. O texto abrangeria cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais residentes nos Estados Unidos.

Durante o discurso, o primeiro de seu segundo mandato, Obama se referiu à América Latina apenas para expressar sua intenção de “completar as negociações para um Acordo de Parceria Trans-Pacífico”, que criará uma área de livre comércio com a Ásia e o Pacífico, incluindo o Chile, Peru e México.

Em relação à política externa, o presidente dedicou a maior parte de seu discurso às crises no Oriente Médio e às ameaças de testes nucleares da Coreia do Norte, assim como o programa nuclear do Irã.

O presidente disse também que está disposto a negociar com o governo da Rússia uma redução adicional do arsenal nuclear de ambos os países. “Vamos envolver a Rússia para procurar reduções adicionais nos nossos arsenais nucleares e continuar a liderar o esforço global para evitar que materiais nucleares caiam em mãos erradas”, disse.

Obama apelou para que o governo iraniano faça um acordo diplomático para encerrar a polêmica causada pelo programa nuclear desenvolvido por aquelem país. “É chegada a hora de uma solução diplomática, porque uma coligação está unida para exigir que eles cumpram suas obrigações”, ressaltou Obama.

O chamado P5+1 ( Rússia, China, França, Reino Unido, França, Estados Unidos e Alemanha) retomaram as negociações com o Irã. A ideia é buscar um acordo sobre o impasse que envolve o programa. O programa nuclear iraniano é alvo de suspeitas de parte da comunidade internacional porque há denúncias de produção de armas.

As autoridades iranianas negam as irregularidades e dizem que o programa tem fins pacíficos. A última rodada das negociações ocorreu em junho de 2012. Em janeiro, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, elogiou a retomada das reuniões com o P5+1.

De acordo com o iraniano, o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e membro da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e, portanto, tem o direito de desenvolver e adquirir tecnologia nuclear para fins pacíficos.