Maduro anuncia prisão de paramilitares colombianos

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou ontem (11) a prisão de “vários paramilitares” colombianos que estariam no país para promover violência. “Capturamos vários paramilitares colombianos uniformizados, com uniforme […]

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou ontem (11) a prisão de “vários paramilitares” colombianos que estariam no país para promover violência.

“Capturamos vários paramilitares colombianos uniformizados, com uniforme da Venezuela. Vinham assassinar aqui”, disse, no ato final de sua campanha eleitoral, em Caracas. Segundo Maduro, que não explicitou quantas pessoas foram detidas, autoridades de segurança revistaram várias casas, onde se encontraram explosivos C-4 e armas.

Há semanas o governo venezuelano fala em tentativas de “desestabilização” do país durante o período eleitoral. Inicialmente, a acusação consistia na participação de ex-embaixadores norte-americanos em um plano para assassinar Henrique Capriles, candidato do bloco opositor MUD (Mesa da Unidade Democrática).

“Estão atrás de um plano para assassinar o candidato presidencial da direita venezuelana para gerar um caos na Venezuela”, explicou Maduro, afirmando que o atentado seria atribuído ao governo. Capriles, durante um ato de campanha, minimizou o suposto plano e afirmou que “o problema não é que queiram matar o Capriles, mas que matam o povo da Venezuela”.

 

No último sábado (6), o chanceler venezuelano, Elías Jaua, informou, durante uma entrevista à multiestatal Telesur, sobre a existência de um plano da oposição, em aliança com terroristas de El Salvador e de outros países da América Central, para assassinar Maduro. Capriles respondeu que “agora a história é que vão atentar contra sua vida”. “Não seja ridículo, Nicolás”, afirmou.

Em seu ato de encerramento de campanha, o candidato da oposição também rebateu a afirmação de Maduro e outros líderes do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) de que haverá “caos” na Venezuela no caso de uma vitória da MUD. “O que virá é uma Venezuela de vida e não de morte”, disse, afirmando que resolverá o problema da segurança do país.

Já Maduro afirmou que o governo venezuelano estaria “desmontando um plano da direita” para gerar violência no país, mas pediu à população que esteja “muito alerta”, porque a oposição estaria se preparando para não reconhecer os resultados eleitorais do próximo domingo. “Eles sabem que Nicolás Maduro vai ganhar no domingo com não menos de 10 milhões de votos e 15 pontos de diferença”, disse, também em terceira pessoa.