Khadafi monta ofensiva para retomar controle de áreas em poder da oposição

Brasília – As forças leais ao líder da Líbia, Muammar Khadafi, montaram uma ação ofensiva na tentativa de retomar as áreas controladas pela oposição. No Leste do país, tropas apoiadas […]

Brasília – As forças leais ao líder da Líbia, Muammar Khadafi, montaram uma ação ofensiva na tentativa de retomar as áreas controladas pela oposição. No Leste do país, tropas apoiadas por helicópteros de combate atacaram as cidades costeiras de Bin Jawad e Ras Lanuf, que foram recentemente capturadas por forças contrárias ao regime de Khadafi. As informações são da BBC Brasil.

Segundo relatos, os oposicionistas se dirigem para Sirte – reduto e cidade natal de Khadafi – e esbarram com a falta de combustível e outras dificuldades. Na região Oeste do país, o governo utilizou tanques em ataques contra as cidades de Zawiya e Misrata, que estão nas mãos dos ativistas contrários ao regime líbio.

Em Trípoli, capital do país, que permanece sob o comando do líder líbio, foram ouvidos disparos de metralhadoras pela manhã. Mas, de acordo com o porta-voz do governo, Musa Ibrahim, os tiros não passam de celebrações devido a êxitos militares, porque ”forças do governo esmagaram grupos rebeldes em Ras Lanuf, Zawiya e Misrata nas últimas 12 horas”.

Apesar de o governo ter dito que havia recuperado o controle das cidades de Tobruk, Zawiya, Ras Lanuf e Misrata, a oposição informou que ainda mantém o poder na região. Misrata, Bin Jawad e Ras Lanuf foram novamente atacadas hoje (6).

Um médico em Misrata, situada a 200 quilômetros de Trípoli, disse que a situação piorou. Segundo ele, as tropas atiraram contra civis, muitos desarmados.

Bloqueio

O vice-embaixador da Líbia na ONU, Ibrahim Dababashi, que rompeu com o governo do país, defendeu o estabelecimento de um bloqueio aéreo sobre o país de Khadafi. A medida, que já tem o apoio declarado da França,  visaria a impedir que as forças leais ao líder da Líbia, Muammar Khadafi, avancem nas áreas onde estão os oposicionistas.

”Pessoalmente, acho que, neste momento, a zona de exclusão é um passo importante e seu adiamento irá contribuir para que haja mais derramamento de sangue líbio’. disse Dababashi.’

Ele também afirmou que a ONU pode vir a apoiar uma resolução impondo uma zona de exclusão aérea, se for formalmente solicitada pelo Conselho Nacional da Líbia, formado por forças oposicionistas. O governo brasileiro informou que só apoiará medidas em relação à Líbia com o aval das Nações Unidas.