São Paulo – O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse hoje (17) em coletiva de imprensa, que um risco real de violência sectária no Iraque pode ultrapassar as fronteiras no país. “Estou muito preocupado com a rápida deterioração da segurança no Iraque.”

Ban Ki-moon pediu aos líderes políticos e religiosos iraquianos que se unam para evitar atos de represália, como os que têm sido denunciados sobre execuções sumárias de centenas de pessoas, sobretudo soldados e recrutas capturados pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e Levante. Para ele, há “um risco real” de “aumento da violência sectária no Iraque e além de suas fronteiras”.

O enviado especial das Nações Unidas ao Iraque, Nickolay Mladenov, disse hoje (17) na capital, Bagdá, que os ataques dos insurgentes são uma ameaça para o país e um perigo para a região.

O secretário-geral da ONU afirmou que esteve em contato com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, e que lhe pediu a promoção de um diálogo que inclua todas as partes envolvidas para evitar o agravamento da crise que o país vive, com grande parte de seu território sob controle dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EILL).

Ban Ki-moon também enviou uma mensagem aos líderes de outros países da região, particularmente do Irã e da Turquia, para que respaldem as autoridades iraquianas nestes momentos difíceis.

“Com um forte apoio dos países da região e da comunidade internacional, em um sentido amplo, seremos capazes de ajudar o governo iraquiano a restaurar a paz e estabilidade no país”, opinou

A ofensiva do Estado Islâmico do Iraque e Levante começou há uma semana e já levou à tomada de várias cidades no Norte do país. Foram registrados também confrontos a 60 quilômetros no nordeste de Bagdá.

*Com informações da Agência Brasil e da EFE