Governo do Egito decreta estado de emergência para conter onda de violência
Confrontos de ontem (13) entre manifestantes e policiais deixaram pelo menos 100 mortos, segundo a Irmandade Muçulmana
Publicado 14/08/2013 - 13h33
O Ministério da Saúde confirmou a existência de 95 mortos e 874 feridos em distintas províncias, segundo a televisão estatal
Brasília – O governo do Egito decretou hoje (14) estado de emergência por um mês, em decorrência da violência registrada no país. O estado de emergência entrou em vigor hoje, às 16h, no horário local (11h de Brasília). A ordem foi expedida pelo presidente interino, Adly Mansour. Os confrontos de ontem (13) entre manifestantes e policiais deixaram pelo menos 100 mortos, segundo a Irmandade Muçulmana. Entre os mortos estão dois jornalistas. As forças policiais confirmam apenas seis mortos, inclusive dois policiais.
Em meio aos confrontos, a Embaixada do Brasil no Egito passou a funcionar a partir de hoje em regime de plantão. Em comunicado interno, a representação diplomática informa que a decisão foi tomada para facilitar os deslocamentos dos funcionários locais (em geral, egípcios) no Cairo (onde ocorre a maior parte dos protestos).
Anteriormente, em 4 de julho, após a destituição do então presidente Mouhamed Mursi pelas Forças Armadas, a embaixada recomendou que os brasileiros no país redobrassem o cuidado nos locais com aglomeração e evitassem deslocamentos desnecessários. Não houve registros de brasileiros feridos ou mortos.
O clima de tensão no país é relatado por organizações não governamentais (ONGs). Nas manifestações, há simpatizantes e opositores a Mursi, assim como defensores do governo do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto em fevereiro de 2011, e militares.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa, e da emissora multiestatal de televisão,Telesur