Expulsão de estrangeiros na França bate recorde em 2011 e governo promete ir além

São Paulo – O governo francês anunciou ter alcançado o maior de expulsões de estrangeiros em um ano na história. O indicador do recrudescimento da política relacionada a imigrantes foi […]

São Paulo – O governo francês anunciou ter alcançado o maior de expulsões de estrangeiros em um ano na história. O indicador do recrudescimento da política relacionada a imigrantes foi divulgado pelo ministro do Interior, Claude Guéant, que promete ampliar ainda mais esse tipo de ação. Em 2011, foram 32.922 pessoas deportadas, enquanto o recorde anterior era de 28 mil.

Em 22 de abril deste ano, a França passa por eleições presidenciais. De olho no eleitorado conservador, o anúncio soma-se à movimentação do governo do presidente Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição. O partido de extrema-direita Frente Nacional, cuja principal bandeira é o combate aos imigrantes, tem de 15% a 19% das intenções de votos, a depender da pesquisa.

Guéant é um expoente do governo do presidente Nicolas Sarkozy na política sobre o tema no país, que, assim como toda a zona do euro, passa por uma crise econômica. Para 2012, a meta francesa é endurecer ainda mais e alcançar 35 mil expulsões. Além de atacar pessoas que buscam, ilegalmente, uma alternativa de vida, o governo francês tem reduzido o volume de vistos de trabalho concedidos a estrangeiros. Em 2011, a queda foi de 26%. Para familiares de trabalhadores nascidos em outros países, a diminuição foi de 14%.

Guéant fixou ainda como meta a redução do número de permissões para primeira estadia na França ao patamar de 20 anos atrás – 150 mil licenças por ano. Com um discurso carregado, ele acredita que a violência no país. Ele alega que índices oficiais sugerem que a taxa de criminalidade entre estrangeiros era de “duas a três vezes” maiores do que na média da população.

Na eleição passada, em 2007, Sarkozy teve apoio, no segundo turno, dos conservadores. A falta de popularidade do atual presidente e a dificuldade do Partido Socialista, principal força de esquerda, articular-se em torno de um nome único depois das falsas acusações contra Domenique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), fazem analistas apontarem que o partido fundado em 1972 por Jean Marie Le Pen terá presença no segundo turno. Se o prognóstico se confirmar, haveria repetição do que aconteceu em 2001, quando Jacques Chirac venceu com apoio até de grupos de esquerda ao enfrentar Le Pen no segundo turno.

Com informações da Agência Brasil