São Paulo – O presidente da Bolívia, Evo Morales, propôs ao país ontem (6) erradicar a pobreza extrema nos próximos dezoito anos. “Precisamos chegar a 2025 com zero de extrema pobreza”, exortou durante discurso na cidade de Oruro em comemoração ao aniversário de 187 anos da independência boliviana.

Evo Morales conclamou seus compatriotas a construir uma país autosuficiente na produção de alimentos. “Faço um chamado a todos os irmãos do campo, empresários, pequenos empresários e produtores para garantir a segurança alimentar e o abastecimento”, expressou.

Segundo o governo, a Bolívia reduziu em 10% a pobreza urbana e em 20% a pobreza nas áreas rurais nos últimos seis anos – período em que o país passou a ser administrado pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo. A Agência Boliviana de Informação, veículo de imprensa oficial, afirma que os números se traduzem na ascensão de mais de um milhão de bolivianos à classe média.

Quando Evo Morales assumiu a presidência, em 2006, a Bolívia era considerada o país mais pobre da América do Sul – e o segundo mais pobre da América Latina, atrás apenas do Haiti. As políticas econômicas e sociais adotadas por La Paz fizeram com que os bolivianos perdessem o posto para o Paraguai, que atualmente tem o menor Produto Interno Bruto (PIB) da região.

A gestão do MAS implantou uma série de bolsas e subsídios à população mais carente, que na Bolívia são chamados “bônus”. O bônus Juancito Pinto beneficia famílias que mantêm seus filhos na escola, o bônus Juana Azurduy de Padilla atende a mães de crianças menores de dois anos e a Renda Dignidade se destina aos idosos que não possuem outra fonte de renda.

De acordo com Evo Morales, a continuidade as políticas implementadas pelo seu governo garantirão que, até 2025, todos os bolivianos tenham suas necessidades básicas atendidas: água potável, eletricidade, esgoto, telefonia, moradia etc. “Em todos os cantos do país”, prometeu.

Com informações da ABI