Ao menos 10 morrem em ataque israelense a navios de ajuda

Conselho de Segurança da ONU faz sessão de emergência para discutir investida de Israel

Mulher palestina protesta no porto de Gaza, contra ataque de Israel (Foto: REUTERS/Mohammed Salem)

JERUSALÉM – Comandos militares israelenses atacaram um comboio que levava ajuda à Gaza nesta segunda-feira (31) e mais de 10 dos ativistas a bordo, a maioria estrangeiros, foram mortos. O episódio provocou uma crise diplomática e acusações de “massacre” feitas por palestinos.

O fim violento para a tentativa apoiada pela Turquia de romper um bloqueio imposto à Faixa de Gaza realizada por seis navios com cerca de 600 pessoas a bordo e 10 mil toneladas de suprimentos provocou condenação dentro e fora do Oriente Médio.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo por uma investigação completa e mostrou-se chocado com o ataque israelense. “É vital que haja uma investigação completa para determinar exatamente como o derramamento de sangue ocorreu. Acredito que Israel deve fornecer urgentemente uma explicação”, disse ele, em coletiva de imprensa realizada na capital de Uganda, Kampala.

A Síria pediu uma reunião de emergência da Liga Árabe para discutir o ataque israelense a barcos que tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Já o porta-voz da Casa Branca disse que o país lamenta as mortes e os feridos deixados pelo ataque de comandos israelenses. “Os Estados Unidos lamentam profundamente a perda das vidas e as lesões causadas, e está atualmente trabalhando para compreender as circunstâncias da tragédia”, disse William Burton.

Netanyahu

Após o ataque israelense contra navios que levavam ajuda a Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cancelou seus planos para visitar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington na terça-feira (1º), segundo um comunicado de Israel.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reunirá na tarde desta segunda-feira (31) em uma sessão de emergência para discutir o ataque de Israel, disseram diplomatas do Conselho de Segurança à Reuters, ainda sem dar maiores detalhes.

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