Amorim traz do Uruguai apoio de países sul-americanos a redução de tropas no Haiti
Não há cronograma nem prazos para a retirada. Missão deve ser prorrogada em outubro
Publicado 08/09/2011 - 18h56
É consenso entre os países sul-americanos a redução de tropas no Haiti(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
São Paulo – Ao sair de reunião de ministros da Defesa e das Relações Exteriores de países membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o brasileiro Celso Amorim disse que há consenso sobre a necessidade de se reduzir as tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). A região é a que mais envia militares para a força da ONU.
O país mais pobre das Américas recebe soldados desde 2007. A partir de sua posse, o ministro da Defesa Amorim tem defendido publicamente a redução e posterior retirada de tropas do Haiti. Isso deve ocorrer paulatinamente e o mandato da missão, que termina no dia 15 de outubro deste ano, deve ser prorrogado. Não há cronograma para reduzir tropas.
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“Há consenso na região de que (a presença) das tropas não pode se perpetuar, mas não sair de forma precipitada”, disse Amorim nesta quinta-feira (8), em Montevidéu. “Tem de ser discutido com o Haiti e com as Nações Unidas”, comlpetou Amorim ao ser recebido pelo presidente uruguaio, José Mujica.
O Brasil detém o comando militar da missão e é o país com maior número de soldados. São 2.166 brasileiros, de um total de 12.270 uniformizados que integram a missão. Além do Brasil, também enviaram militares ao Haiti Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, Filipinas, França, Guatemala, Japão, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Coreia do Sul, Sri Lanka e Uruguai.
Com informações da Reuters