Clássico é clássico

São Paulo x Corinthians – relembre partidas históricas do Majestoso

Clássico deste domingo já teve muitos gols, polêmicas e até mesmo garrafadas ao longo da história

Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians/Fotos Públicas

Clássico “Majestoso” tem história de sobra e episódios curiosos entre os dois rivais

O São Paulo recebe, às 16h deste domingo, o Corinthians no Morumbi, em partida válida pelo Campeonato Paulista de 2017. Garantidos para as quartas de final da competição, os dois clubes lutam agora para melhorar sua posição na classificação geral, buscando obter a vantagem de decidir em casa nas próximas fases.

O duelo entre os dois rivais tem o apelido de “Majestoso”, nome dado pelo jornalista de A Gazeta Esportiva Tomaz Mazzoni. E a expectativa é de casa cheia: até a noite do sábado, 40 mil ingressos já haviam sido vendidos, sendo que a partida terá torcida única. Confira abaixo alguns dos duelos históricos disputados entre as duas equipes.

 

1 – São Paulo 3 x 1 Corinthians (Campeonato Paulista 1957)

No estádio do Pacaembu, os dois times se enfrentaram em partida válida pela última rodada do Paulista de 1957. Quem vencesse o duelo, se tornaria campeão da competição. Em caso de empate, São Paulo, Corinthians e Santos realizariam um triangular para decidir o título.

O jogo teve momentos eletrizantes, com três gols em seis minutos. Aos 17 do primeiro tempo, Amauri abriu o placar, dando o passe, dois minutos depois, para Canhoteiro ampliar. Rafael diminuiu para o Timão na sequência.

O Corinthians pressionou na volta do intervalo, mas, aos 34 do segundo tempo, Gino tocou para Maurinho finalizar de primeira, marcando o terceiro do Tricolor. Os alvinegros reclamaram de impedimento e jogadores de ambos os times protagonizaram uma briga generalizada, com a arquibancada entrando também no confronto. A torcida corintiana jogou paus e pedras, além de garrafas, no bandeirinha britânico Lynch. A partida foi encerrada e o duelo passou para a história como a “tarde das Garrafadas“.

 

2 – Corinthians 3 x 1 São Paulo (Campeonato Paulista 1982)

O Timão havia formado a equipe que caracterizou a chamada Democracia Corintiana, contando com jogadores como Wladimir, Sócrates e Casagrande. Do outro lado, o Tricolor buscava um inédito tricampeonato estadual, tendo em sua equipe atletas de seleção como Waldir Peres, Oscar e Seginho Chulapa.

Na primeira peleja da decisão, o Corinthians havia vencido por 1 a 0, jogando por um empate naquele segundo jogo. Em um duelo bastante disputado e pegado, o Alvinegro saiu na frente aos 26 do segundo tempo, em jogada que contou com o clássico calcanhar de Sócrates e a finalização de Biro-Biro. Daryo Pereira empatou para o São Paulo seis minutos depois, mas Biro-Biro, mais uma vez, anotou aos 37. O terceiro tento, que sacramentou o triunfo e o título corintiano, veio com Casagrande, aos 41.

 

3 – Corinthians 1 x 0 São Paulo (Campeonato Brasileiro 1990)

Até aquela altura, o Alvinegro ainda não havia conquistado o título nacional e tinha conseguido reverter a vantagem tricolor na primeira partida, ao derrotar o rival por 1 a 0.

O time de Nelsinho Baptista, um jovem técnico que ganhou projeção no Novorizontino, entrou naquele segundo jogo precisando somente de um empate, mas a torcida corintiana no Morumbi explodiu quando Tupãzinho fez um histórico gol de carrinho, coroando a campanha de uma equipe que tinha em Neto, hoje comentarista, a sua principal estrela.

 

4 – São Paulo 2 X 3 Corinthians – 5 x 4 São Paulo nos pênaltis (Copa Conmebol 1994)

Essa foi a típica derrota com sabor de vitória para o São Paulo. Na primeira partida válida pelas semifinais da Copa Conmebol, vitória são-paulina por 4 a 3, mas o Corinthians, com um time misto, devolveu a derrota naquele dia contra o chamado “Expressinho” do Tricolor, uma equipe formada por jovens e comandada por Muricy Ramalho. O time principal estava nas mãos de Telê Santana.

Com o resultado, a decisão foi para os pênaltis. E aí brilhou a estrela daquele que seria um dos maiores, senão o maior, ídolos do Morumbi. Rogério Ceni, aos 21 defendeu dois pênaltis e garantiu a vaga na final da competição. O arqueiro ainda marcou um gol em Ronaldo na disputa de penalidades, brilhando em um time que contava com Denílson, Juninho e Caio, campeão em cima do Peñarol.

 

5 – São Paulo 3 x 1 Corinthians (Campeonato Paulista 1998)

Mesmo com a melhor campanha da competição, o São Paulo acabou saindo atrás na decisão, perdendo a primeira peleja por 2 a 1. No jogo de volta, porém, conseguiu reverter a desvantagem e assegurou o título ao bater o adversário pelos necessários dois gols de diferença.

Era a primeira partida de Raí em seu retorno ao Morumbi, e o craque deixou sua marca. França, artilheiro do Paulista e talvez o principal jogador do time àquela época, fez os outros dois, com Didi descontando para o Corinthians. O resultado também selou o fim de uma sequência de dez partidas sem vitórias são-paulinas sobre o rival.

 

6 – Corinthians 1 x 5 São Paulo (Campeonato Brasileiro 2005)

No Pacaembu, Paulo Autuori fez sua estreia como técnico tricolor e sua equipe não tomou conhecimento do Corinthians, que vinha embalado com os investimentos feitos pela MSI, representada pelo empresário iraniano Kia Joorabchian.

Os visitantes fizeram três gols nos primeiros 17 minutos da partida, com Rogério Ceni, Luizão e Danilo. O ex-corintiano Luizão aumentou aos 2 da etapa final e Cicinho marcou o quinto do clube do Morumbi. Aos 43, Carlos Alberto diminuiu o vexame. A derrota selou a queda do técnico argentino Daniel Passarella do Timão. No início da etapa final, o treinador escapou de uma possível agressão por parte de um torcedor que invadiu o gramado, mas foi detido pelos seguranças.

 

7 – São Paulo 0 x 2 Corinthians (Campeonato Paulista 2009)

O artilheiro Ronaldo já havia caído nas graças da torcida corintiana àquela altura da competição, mas o gol marcado na segunda partida das semifinais contra o Tricolor aumentou ainda mais a confiança da Fiel. Após vencer o primeiro jogo da disputa por 2 a 1, o Alvinegro foi visitar o rival e soube aproveitar os contra-ataques após ser dominado na etapa inicial.

Coube ao meia Douglas, hoje atuando no Grêmio, abrir o placar aos 10 do segundo tempo. Pouco tempo depois, aos 12, o Fenômeno recebeu lançamento de Cristian e precisou dar um leve toque para ir às redes do goleiro Bosco. O Timão, dirigido por Mano Menezes, sagrou-se campeão ao bater o Santos na final.

 

8 – Corinthians 6 x 1 São Paulo (Campeonato Brasileiro 2015)

O Timão entrava em seu estádio para jogar o Majestoso já como hexacampeão brasileiro. A torcida queria fazer festa e o técnico Tite mandou a campo um time praticamente reserva para enfrentar o São Paulo. No entanto, o resultado foi surpreendente, com os donos da casa anotando sua maior goleada contra o rival.

Naquele domingo, Bruno Henrique, Romero, Edu Dracena, Lucca, Cristian e Hudson (contra) fizeram para o Corinthians. Carlinhos descontou para o Tricolor, na ocasião comandado pelo treinador interino Milton Cruz. O criticado Denis era o arqueiro daquele jogo.