A um ano e meio do início, Copa de 2014 no Brasil tem legado incerto

RBA inicia publicação de série de reportagens que mostram como cada uma das 12 cidades-sede está se preparando para o Mundial de 2014

São Paulo – Muito estádio, poucas obras de infraestrutura: este é um resumo do andar da carruagem para a Copa do Mundo no Brasil até aqui. 

A partir de hoje (8), a RBA passa a publicar uma série de reportagens sobre o ritmo das intervenções urbanas nas capitais que vão sediar os jogos da Copa em 2014 – evento que deveria servir como catalisador de investimentos em infraestrutura. 

Até dezembro, repórteres nas 12 cidades que sediarão a Copa darão um panorama completo daquilo que vem sendo realizado: corredores de ônibus, metrô, complexos esportivos, estádio, desenvolvimento de uma política de turismo. Neste ponto, Belo Horizonte, tema da primeira reportagem, patina, tendo baixo nível de oferecimento de serviços em inglês aos visitantes estrangeiros. 

Em outros aspectos, porém, a capital mineira tem uma avaliação mediana. O Mineirão foi entregue há pouco, em dezembro, e a prefeitura e o governo estadual garantem que o complexo hoteleiro dará conta do recado. As incertezas pesam sobre o metrô, os corredores de ônibus e o aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Este, aliás, entrou em dezembro no novo pacote de concessões à iniciativa privada. O governo estima investimentos de R$ 4,8 bilhões. A aposta é de que o edital de licitação estará pronto em agosto deste ano, com leilão já no mês seguinte. A Infraero garante que o tempo é suficiente para a entrega das obras principais e afasta o risco de problemas aos turistas que visitem a capital mineira durante a Copa.

Já em Salvador, cidade da segunda reportagem, os prazos das obras de mobilidade urbana estão em aberto, e algumas das principais não ficarão prontas a tempo. Com dificuldades também no número de vagas em hotéis, a cidade já fala em apostar na experiência criada pelo Carnaval para garantir um bom Mundial.