Trono vago

Quem será o sucessor de Usain Bolt nos 100 metros rasos?

Vencedor da prova em três Olimpíadas seguidas, jamaicano se retirou das pistas e a disputa pelo ouro promete ser acirrada nos Jogos de Tóquio

Danilo Borges/Brasil2016.gov.br
Danilo Borges/Brasil2016.gov.br
Prova dos 100 metros nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016: um dos três ouros de Usain Bolt na edição

São Paulo – Vencedor dos 100 metros rasos em três Olimpíadas seguidas, de 2008 a 2016, e detentor dos recordes olímpico e mundial da prova, o jamaicano Usain Bolt se retirou das pistas e não estará em Tóquio-2020. A grande questão para a primeira final olímpica sem o atleta, que será disputada neste domingo (1º), é quem irá sucedê-lo.

Antes das Olimpíadas, o estadunidense Trayvon Bromell fez o melhor tempo do ano, com 9s77, na Flórida, em junho. No entanto, nas primeiras eliminatórias dos 100 metros rasos em Tóquio, ele registrou 10s05, ficando em quarto lugar na sua bateria. O atleta viveu uma inesperada agonia para saber se havia avançado as semifinais, o que aconteceu, não da forma esperada. Ele se classificou como um dos melhores perdedores no geral.

O canadense Andre de Grasse, que conquistou o bronze nos Jogos do Rio de 2016, fez o melhor tempo da rodada inicial, com 9s91. Ele foi um dos quatro atletas a ficar abaixo de 10 segundos, ao lado do italiano Marcel Jacobs, do estadunidense Fred Kerley e do nigeriano Enoch Adegoke.

Outro candidato é o campeão dos Jogos Africanos, Akani Simbine, da África do Sul. ele também não fez um grande tempo nas eliminatórias, marcando 10s08. Quinto na final do Rio 2016, mesma posição alcançada no Mundial de 2017 em Londres e em quarto em Doha, há dois anos, ele estabeleceu o novo recorde africano, de 9s84, no início deste mês na Hungria.

A lista de postulantes ao título de sucessor de Usain Bolt conta ainda com outro atleta dos Estados Unidos, Ronnie Baker, bronze nos 60 metros no Campeonato Mundial Indoor de 2018. Ele registrou um novo recorde pessoal, de 9s85, na final das seletivas olímpicas dos Estados Unidos. Seu compatriota Fred Kerley, antes especialista nos 400 metros, mudou-se para a prova dos 100 metros e, em abril, correu em 9s91, melhor tempo do mundo neste ano. Seu recorde pessoal é de 9s86.

O italiano Marcell Jacobs é outro que trocou de prova, passando do salto em distância para os 100 metros rasos. Nas eliminatórias, ele cruzou a linha de chegada em 9s94 e pode ser a maior chance de a Europa ter um vencedor desde o ouro do britânico Linford Christie, em Barcelona-1992.

O Brasil tem também um representante nas semifinais, mas, para Paulo André Camilo, que fez 10s17 ao garantir a terceira posição de sua bateria, uma presença na final já seria um grande feito. O último brasileiro a alcançar as semifinais havia sido Vicente Lenílson, em Atenas-2004.

As semifinais dos 100 metros rasos começam a ser disputadas às 7h15 do domingo (1º). A final está prevista para as 9h50, horário de Brasília.

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No feminino, domínio jamaicano nos 100 metros rasos

Disputada neste sábado, a prova feminina dos 100 metros rasos terminou com domínio total da Jamaica. Elaine Thompson conquistou o bicampeonato olímpico, superando o recorde olímpico da estadunidense Florence Griffith-Joyner.

Completando o pódio, Shelly-Ann Fraser-Pryce, também bicampeã olímpica (2008 e 2012), ficou com a prata, enquanto Shericka Jackson conquistou sua primeira medalha olímpica nos 100 metros.