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Oposição acusa base de Alckmin de travar avanço da CPI da Merenda

ALESP Ex-funcionário da Coaf realizou depoimento ontem (31). Oposição pede convocação de membros do governo Alckmin São Paulo – Deputados da oposição ao governo de Geraldo Alckmin(PSDB) e estudantes que […]

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Ex-funcionário da Coaf realizou depoimento ontem (31). Oposição pede convocação de membros do governo Alckmin

São Paulo – Deputados da oposição ao governo de Geraldo Alckmin(PSDB) e estudantes que acompanham o andamento da CPI da Merenda, na Assembleia Legislativa de São Paulo, reclamam do ritmo lento dos trabalhos. A queixa é de que parlamentares tucanos, maioria na casa, dificultam a convocação de políticos e funcionários públicos envolvidos no escândalo.

Ontem (31), o ex-funcionário da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) Cesar Augusto Lopes Bertolino chegou à Assembleia dizendo que não queria depor, por se sentir ameaçado, mas sem explicar por quem. Mudou de ideia logo depois e aceitou depor, mas seus relatos, evasivos, pouco acrescentaram ao já sabido.

Quem acompanha as sessões da CPI concorda: os depoimentos estão muito superficiais. “Está muito ruim porque até agora nós somos a minoria e não conseguimos fazer com que os peixes grandes viessem aqui depor”, afirma a deputada estadual Ana do Carmo (PT), em entrevista à repórter Caroline Monteiro, da TVT.

Emerson dos Santos, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) concorda com Do Carmo. Para ele, a CPI tem que avançar até atingir os agentes públicos e membros do governo Geraldo Alckmin envolvidos na máfia da merenda. “A nossa intenção é conseguir chegar nos agentes políticos, o que até agora não conseguimos. Os principais envolvidos nessa quadrilha não chegam aqui porque conseguem dar uma série de justificativas para não vir.”

Na próxima sessão da CPI, no dia 14 deste mês, deve ser ouvido o promotor Leonardo Romanelli, que conduzia as investigações da operação Alba Branca, deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil, e que revelou o esquema de desvio de verbas públicas destinadas à aquisição de alimentos para os alunos da rede pública estadual paulista. O depoimento estava agendado para esta terça-feira, mas foi adiado a pedido do promotor.

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