Araraquara

Conselho da Unesp adia para abril decisão sobre expulsão de 17 alunos

Até lá, os estudantes podem participar das atividades acadêmicas, já que o reitor acatou o pedido de recurso e suspendeu a punição até a avaliação do Conselho Universitário

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Quatorze dos 17 expulsos participaram da ocupação da diretoria da Faculdade de Ciências e Letras em 2014

São Paulo – O Conselho Universitário da Universidade Estadual Paulista (Unesp) só avaliará em abril o pedido de recurso da expulsão de 17 alunos ligados ao movimento estudantil do campus de Araraquara (a 237 quilômetros de São Paulo). A princípio, a questão seria avaliada na reunião de hoje (26), mas o tema não entrou na pauta. Até lá, os estudantes podem assistir às aulas e participar as atividades acadêmicas já que o reitor  acatou o pedido de recurso e determinou que a punição fosse suspensa até que o caso seja avaliado pelo Conselho Universitário.

Quatorze dos 17 expulsos haviam participado da ocupação da diretoria da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) no ano passado. Os outros três militavam no movimento estudantil. As expulsões foram decididas neste mês pela Comissão de Sindicância Administrativa da universidade, instaurada em agosto de 2014. A decisão deu origem a uma campanha pela reintegração dos expulsos, encabeçada por alunos e parlamentares, entre eles o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) e o deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP).

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A diretoria da faculdade foi ocupada por 21 dias, entre maio e junho passados, após decisão aprovada em assembleia estudantil, em protesto contra a expulsão de 38 alunos da moradia estudantil. Os estudantes permaneceram no local até a reintegração de posse, realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar às 4h30 de 20 de junho. Estavam no local 15 pessoas, sendo 14 estudantes da Faculdade de Ciências e Letras que foram expulsos.

Em nota, a Unesp limitou-se a dizer que os estudantes cometeram infrações disciplinares tipificadas no Regimento Geral da universidade. “Durante a sindicância, os alunos desligados tiveram direito a ampla defesa e ao contraditório”, diz o texto.