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Programa automotivo vai priorizar ônibus e caminhões, diz Haddad

“Carro também está contemplado”, garantiu o ministro, sobre plano de incentivo para o setor. Objetivo é estimular a produção e renovar a frota de veículos

Valter Campanato/Agência Brasil
Valter Campanato/Agência Brasil
Ampliação do programa deve ser anunciada ainda hoje, no Dia Mundial do Meio Ambiente

São Paulo – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na manhã desta segunda-feira (5) que o programa para baratear o carro popular foi reformulado e deve contemplar também caminhões e ônibus. Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram nesta manhã no Palácio do Planalto pra debater o programa.

“A gente repaginou o programa e ele ficou mais voltado para o transporte coletivo e o transporte de carga, mas o carro também está contemplado”, disse o ministro, antes da reunião com Lula. Outro pauta do encontro, segundo ele, é o programa Desenrola, para socorrer as pessoas endividadas.

Nesse sentido, o ministro afirmou que o governo deve apresentar detalhes do programa de incentivo ao setor automotivo na tarde de hoje, após evento sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Individual e coletivo

No final de maio, o governo havia anunciado medidas de incentivo tributário com o objetivo de reduzir o preço final do carro popular em até 10,96%. Hoje o veículo mais barato está em torno de R$ 68 mil. A intenção do governo é que esse preço mínimo caia abaixo dos R$ 60 mil.

Para os descontos dos impostos, serão considerados fatores como valor do veículo (quanto mais mais barato, maior será o corte tributário), emissão de poluentes e cadeia de produção (a redução será maior conforme o percentual de peças e acessórios produzidos no Brasil). Ainda assim, a proposta recebeu críticas, por estimular o transporte individual, mais poluente.

Além de ampliar o acesso ao veículo, o programa visa impulsionar a indústria automobilística no país. Em função dos juros altos, o setor passa atualmente por uma crise, com queda nas vendas. As montadoras de automóveis, por exemplo, estão reduzindo a produção e dando férias coletivas.

Com o novo desenho, a iniciativa de renovação da frota deve passar a atingir não apenas os carros, mas também veículos longos para o transporte de passageiros e cargas. Noutro aceno ao transporte coletívo mais sustentável, Lula participou na última sexta-feira (2) da a inauguração da fábrica de ônibus elétricos da Eletra. A unidade terá capacidade inicial para produzir 150 veículos por mês, de miniônibus a articulados, com zero emissão de gases de efeito estufa.


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