Preparação

Fazenda lança ‘pacote verde’ no mês que vem para estimular economia sustentável

Plano vai incluir incentivos para o mercado de crédito de carbono, produção de painéis solares e ampliação da participação de produtos da floresta nas exportações

Secom/PR
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Em janeiro, Haddad e Marina levaram a pauta da sustentabilidade para o Fórum Econômico Mundial, na Suíça

São Paulo – O Ministério da Fazenda prepara um pacote visando impulsionar a economia com ações sustentáveis. A pasta deve anunciar o novo “pacote verde” em maio. Em junho, o Brasil sediará um evento de conselho de fundos climático. A intensão é mostrar ao mundo do País em prol da sustentabilidade. O plano inclui incentivos ao mercado de crédito de carbono, painéis solares e ampliação da participação de produtos da floresta nas exportações, entre outros pontos. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Conforme o assessor especial do ministério, Rafael Dubeux, o “pacote verde” está em elaboração pela Fazenda, “mas o governo inteiro está engajado”. “A bola está quicando no Brasil e o ministro da Fazenda está entusiasmado com a pauta. Os compromissos do governo estão cada vez mais claros nessa área”, afirmou Dubeux. Além disso, em dezembro, o Brasil será anfitrião do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) e quer a sustentabilidade como o tema central.

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Ao escolher Marina Silva como ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que questões verdes seriam tratadas de forma transversal por toda a Esplanada. Assim, a Fazenda está coordenando as ações com os ministérios de Minas e Energia, Agricultura e o próprio Meio Ambiente.

Haddad faz reuniões em busca de investimentos chineses, de 5G a carro elétrico

O governo Lula tem alçado a questão do desenvolvimento sustentável e do combate ao aquecimento global no topo da agenda da diplomacia brasileira. Ainda antes da posse, Lula participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, e cobrou maior empenho dos países pela redução das emissões dos gases estufa de efeito estufa.

Do mesmo modo, quando se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, em fevereiro, Lula também tratou da questão ambiental. Disse que para avançar no combate às mudanças climáticas é preciso construir “uma governança mundial mais forte”. O desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental também estão na pauta da viagem da comitiva brasileira à China.

Apelo ao FMI

Em comunicado enviado nesta quarta (12) ao Comitê de Desenvolvimento nas Reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Grupo Banco Mundial (GBM), em Washington, Haddad também defendeu que o organismo estimule e facilite o “desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente de seus membros”. Nesse sentido, Haddad afirmou que é fundamental que o FMI tenha um modelo operacional que leve em conta as reais necessidades e demandas de seus clientes.

Nesse comunicado, o Brasil falou também em nome da Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago.  Em processo de reconexão e ativa participação nas discussões para reformas das instituições financeiras internacionais, o Brasil tem se posicionado a fim de garantir que as dimensões econômica, social e ambiental da sustentabilidade sejam levadas em conta na atualização da missão do GBM.


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