São Paulo – Começou na tarde de hoje (21), na Câmara Municipal de São Paulo, o SP 2030. O evento conta com uma série de palestras e seminários abordando possíveis perspectivas da capital paulista para os próximos 15 anos. Especialistas e membros da sociedade civil devem discutir temas como desenvolvimento social, economia solidária, sustentabilidade e políticas públicas de humanização da cidade.

Os seminários contam com a organização da Escola do Parlamento, sendo que o debate de abertura, nesta tarde coloca em pauta a mobilidade urbana. A mesa “SP Cidade em Movimento” conta com a presença do professor Ciro Biderman, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da consultora em mobilidade ativa Meli Malatesta, além de representantes do Movimento Passe Livre, do Fórum Viva Fundão do M’Boi Mirim e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Repensar as formas de deslocamento diário na maior cidade do país vem sendo uma bandeira da gestão Fernando Haddad (PT). O prefeito sancionou projetos como o Plano Diretor Estratégico (PDE), que prevê uma série de medidas para o desenvolvimento da cidade nos próximos 15 anos. O texto do PDE reafirma novas visões em relação à mobilidade e norteia ações práticas.

De acordo com pesquisa da Rede Nossa São Paulo em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o tempo médio de deslocamentos diários da população paulistana caiu de 2h46 , em 2014, para 2h38 em 2015. Apesar da pequena diferença, a prefeitura a avalia como representativo avanço, devido a políticas como maior integração entre modelos de transporte público, reformulação das vias com criação de ciclovias e faixas exclusivas para ônibus e bolsões para motos antes dos semáforos.

Com a consolidação de projetos como a Lei do Zoneamento, aprovada pela Câmara em fevereiro, os resultados tendem a uma crescente na qualidade do tráfego humano na cidade. A lei prevê o adensamento de moradias próximas a metrôs e terminais de ônibus, bem como a aproximação entre moradias e empregos.

Desafios acerca do transporte a pé também estão presentes nos debates da SP 2030. De acordo com a Associação Cidade a Pé, a quantidade de pessoas que se desloca por transporte público é comparável com pessoas que se deslocam por caminhada. Medidas para adensar os recursos e a qualidade das vias para pedestres estão previstas no PDE, que tem objetivo de desestimular o transporte motorizado individual.

Debates na Câmara

25/04 – SP Cidade do Conhecimento
23/05 – SP Menos Desigual 
20/06 – SP Cidade Sustentável
04/07 – SP Megacidade

Inscrições podem ser efetuadas através do site da Escola do Parlamento