Sinal positivo

Vendas no comércio crescem e batem recorde no primeiro mês de 2023

Segundo o IBGE, setor de varejo não registrava alta desde setembro

Helena Pontes/Agência IBGE Notícias
Helena Pontes/Agência IBGE Notícias
Setor de vestuário teve alta nas vendas em janeiro

São Paulo – O volume de vendas no comércio varejista cresceu 3,8% de dezembro para janeiro, resultado recorde para o período, segundo o IBGE. Na comparação com janeiro do ano passado, a alta foi de 2,6%. Pelos dados divulgados nesta quarta-feira (12), o acumulado em 12 meses soma 1,3%, um pouco acima do registrado em dezembro (1%).

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, observou que as vendas não cresciam desde setembro. “É um resultado importante, porque o comércio vinha de resultados negativos ou estabilidade”, afirmou.

Atividades em alta

Já o chamado varejo ampliado, que inclui veículos/peças e material de construção, variou 0,2% no mês e cresceu 0,5% em relação a janeiro de 2022. Em 12 meses, registra queda de 0,5%.

Sete das oito atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram resultado positivo no primeiro mês do ano. Destaque para Tecidos, vestuário e calçados (27,9%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (7,4%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%). A exceção foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,2%). Veículos/peças variou -0,2%, enquanto material de construção cresceu 2,9%.

Nova série

Em relação a janeiro do ano passado, o instituto apurou alta em seis das oito atividades. A de combustíveis e lubrificantes, por exemplo, registrou aumento de 26,7%, somando 19,4% em 12 meses. Móveis/eletrodomésticos subiu 3,4% (-5,6% em 12 meses) e o setor que reúne hiper e supermercados, além de bebidas e alimentos, 2,2% (1,6% em um ano). A atividade de artigos farmacêuticos e médicos caiu 7,6%. No varejo ampliado, o segmento de veículos/peças subiu 4,4%.

A divulgação de hoje é a primeira da nova série da Pesquisa Mensal do Comércio, que passou por atualizações na base de dados e na metodologia, “para retratar mudanças econômicas da sociedade”. Com o resultado de janeiro, o IBGE informa que o setor “diminui a distância para o nível recorde da série (outubro de 2020), que agora é de -2,9%”.