Varejo

Vendas no comércio não avançam em fevereiro, mas mantêm alta em relação a 2022

Apesar do resultado positivo em relação ao ano passado, maioria dos setores registra queda, segundo o IBGE

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA

São Paulo – As vendas no comércio estagnaram de janeiro para fevereiro (-0,1%), mas registram crescimento de 1% em relação a igual mês de 2022, de acordo com o IBGE. Segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira (25), o volume de vendas aumenta 1,8% no ano e 1,3% em 12 meses.

Com o chamado varejo ampliado (que inclui material de construção e o setor automobilístico, mais peças), as vendas crescem 1,7% no mês, mas variam -0,2% ante fevereiro do ano passado. Soma -0,5% em 12 meses.

“Podemos fazer uma leitura dos resultados por consequência de um período de Black Friday e Natal ruins, que resultaram em uma recuperação em janeiro e uma sustentação desse patamar em fevereiro”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. “Além disso, um cenário de inflação estável em alguns setores importantes para a nossa pesquisa, como a alimentação em domicílio, que impacta a atividade de hiper e supermercados, também ajuda a entender os resultados observados em fevereiro”, acrescenta.

Ainda de janeiro para fevereiro, seis das oito atividades pesquisas tiveram resultado negativo. Casos, por exemplo, de tecidos, vestuário e calçados (-6,3%), móveis e eletrodomésticos (-1,7%), hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%) e combustíveis/lubrificantes (-0,3%).

O segmento de produtos farmacêuticos e médicos teve alta de 1,4%. No ampliado, veículos/peças subiu 1,4% e material de construção registrou queda de 2%.

Na comparação com fevereiro de 2022, o IBGE também apurou retração em seis das oito atividades do comércio varejista, apesar da alta geral de 1%. Caíram, entre outros tecidos, vestuário e calçados (-9,2%), móveis/eletrodomésticos (-1,9%) e artigos farmacêuticos/médicos (-0,7%). Por outro lado, aumentaram as vendas de hiper/supermercados (1%) e combustíveis e lubrificantes (19,7%).

No varejo ampliado, quedas: veículos/peças (-1,5%), material de construção (-5,9%) e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,5%).