Cinema e cidadania

Começa, no Rio, a 3ª Mostra Cine Educação de Cinema e Direitos Humanos

Projeto apresentará 12 filmes nacionais com temáticas voltadas aos direitos humanos. ‘Visibilidade aos temas que assolam a sociedade’

Arquivo/EBC
Arquivo/EBC
Aumento da pobreza e da miséria acentuada pela enorme desigualdade do país são temas do festival

São Paulo – Destaque da Semana Internacional de Direitos Humanos, começa nesta quarta-feira (7) a terceira edição da Mostra Cine Educação de Cinema e Direitos Humanos, na cidade do Rio de Janeiro. Até a próxima segunda-feira (12), serão exibidos 12 filmes nacionais com temas relacionados aos direitos humanos e fundamentais. “O intuito do projeto é dar visibilidade aos desafios (humanitários) que assolam a sociedade” comenta a organização.

A mostra é resultado de parceria entre o SinproRio (sindicato de professores), a Fundação Heinrich Boll, o Departamento Cultural da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e a Secretaria de Juventude da Prefeitura do Rio. Assina a produção a B7 Eventos. Entre os espaços em que os filmes poderão ser vistos estão o Viaduto Cultural de Realengo, o Espaço Juventude na Praça do Estácio e o Museu Palácio Tiradentes, no centro.

Tempos difíceis

A proposta dos organizadores é de dar visibilidade ao audiovisual preocupado com questões sociais. “Desafios que assolam a sociedade, como o aumento da pobreza e da miséria, acentuadas pela enorme desigualdade do país. Também as questões identitárias e de gênero, e o descaso com as pessoas com deficiência (PCD) e demais populações minoritárias que se encontram à margem dos princípios básicos de cidadania.”

Ainda segundo a organização, o festival ganha importância especial na presente conjuntura política, ante o fim do ciclo de quatro anos de governo de Jair Bolsonaro. Neste período, o país viu proliferarem ataques contra direitos fundamentais. “Situações que foram maximizadas em função das políticas conservadores recentes que desvalorizaram agendas fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, como saúde, educação, ciência e meio ambiente.”

Cinema e direitos humanos

A reconstrução de uma visão social de defesa dos direitos e garantias do cidadão passam pela retomada de consciência, com debate e educação cidadã. “A organização acredita que a utilização de ferramentas lúdicas, como o cinema, debates e demais atividades culturais podem ser essenciais na difusão de informações qualificadas. Isso é necessário nesses tempos em que uma enorme quantidade de fakenews inunda as redes sociais”, afirma.

Para isso, além do cinema, o festival tem uma agenda de outras atividades culturais. A cerimônia de abertura do evento, programada para as 17h no Viaduto de Realengo, zona oeste da capital fluminense, terá apresentação do projeto Mulheres do Fim do Mundo. A iniciativa busca fortalecimento da economia local e da sustentabilidade a partir da organização de mulheres empreendedoras das periferias da cidade. Logo na sequência, o público assistirá a uma batalha de rap com o tema “Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos”.

Confira a programação