São Paulo – Uma série de eventos marca a partir de hoje (31) os 75 anos de nascimento do jornalista Vladimir Herzog, morto por agentes da ditadura em 1975. O assassinato de Herzog nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, desencadeou uma série de reações que acabaram por se constituir em um dos episódios de maior contestação do regime. 

A mostra de cinema “Memória e Transformações” será lançada hoje, às 19h, em São Paulo, com a exibição do filme “O documentário político na América Latina, ontem e hoje”. O ciclo reúne até 8 de julho, no Cinesesc e na Cinemateca Brasileira, documentários que retratam a luta política dos povos ao redor do mundo.    

Entre 4 e 7 de julho, o cineasta chileno Patricio Guzmán, convidado especialmente para as comemorações, coordena um curso sobre documentário. As inscrições podem ser feitas no site do Instituto Vladimir Herzog. Serão selecionadas 60 pessoas.

Segundo o presidente do instituto, Ivo Herzog, também será realizado, em 28 de junho, às 20h, no Itaú Cultural, um debate sobre a importância do resgate da memória e da verdade, reunindo ativistas de vários países para falar sobre a experiência das comissões da verdade em suas localidades.

Filho mais velho de Vladimir Herzog, Ivo destaca que o momento em que se constitui no Brasil a Comissão da Verdade é propício discutir a nossa história recente. “A gente precisa que o Estado brasileiro desvende o crime cometido contra o meu pai e outros, na época da ditadura, para resgatar a verdadeira história do nosso país, para que ela seja conhecida pelas novas gerações e que esses fatos não se repitam.”

A programação completa pode ser conferida no site do Instituto Vladimir Herzog.

Ouça a íntegra da reportagem na Rádio Brasil Atual.

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