‘Astro Boy’ leva para o cinema personagem pop japonês

(Foto: Divulgação) São Paulo – Com quase 60 anos de idade, o personagem japonês Astro Boy é um dos mais famosos da cultura pop da segunda metade do século passado. […]

(Foto: Divulgação)

São Paulo – Com quase 60 anos de idade, o personagem japonês Astro Boy é um dos mais famosos da cultura pop da segunda metade do século passado. Sua adaptação para o cinema chega às telas do país nesta sexta-feira, apenas em versões dubladas, e traz o ator e apresentador Rodrigo Faro emprestando sua voz ao personagem-título.

Criado em 1951 por Osamu Tezuka, seis anos depois de a bomba atômica ser lançada sobre o Japão, e lançado na forma de mangá, o personagem sobreviveu a diversas mudanças ao longo dos anos. Passou pela televisão, em preto e branco e depois em cores, até chegar a essa animação norte-americana, dirigida por David Bowers (um dos codiretores de “Por água abaixo”).

O filme serve muito bem como introdução ao personagem e o começo de uma provável franquia. A história se passa num futuro determinado, quando a Terra se tornou um depósito de sucata — de robôs e peças que não funcionam mais — enquanto as pessoas ricas moram numa pequena ilha que flutua acima do planeta.

O pequeno Toby é filho de um cientista escrupuloso e talentoso, o dr. Tenma. Um dia, o garoto morre acidentalmente num dos experimentos de seu pai – a figura materna nunca é mencionada. À lá dr. Frankenstein, o cientista constroi um pequeno robô com a mesma aparência de seu filho. Para que o menino ganhe vida, ele coloca dentro da pequena criatura um material conhecido como núcleo azul.

O robô é fisicamente idêntico a Toby, mas sua personalidade é um tanto diferente. Assim, o dr. Tenma resolve abandoná-lo para viver uma jornada sozinho, em busca da sua humanização – algo bem parecido com a história de Pinóquio.

A fábula italiana, no entanto, não é a única referência aqui. Bowers se inspira em sucessos recentes, como “Wall-E” e “Robôs”, para ter certeza de que irá se comunicar bem com as crianças de hoje, que cresceram assistindo a filmes da Pixar.

Em suas aventuras, Astro Boy vem para a Terra devastada, onde robôs e humanos não vivem em harmonia. Um grupo das máquinas prega a Robolução – uma espécie de revolução comunista liderada por robôs. Nem tudo é o que parece ser. Alguns humanos podem ser amigos, outros, nem tanto.

Voltado para crianças pequenas, “Astro Boy” aposta numa história bastante movimentada e numa animação bem colorida. Sua narrativa, um tanto simples, apesar dos temas complexos que tenta abordar, não deve agradar muito aos adultos que cresceram vendo as aventuras do personagem.

Fonte: Reuters

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