De volta às salas

Festival É Tudo Verdade traz documentário sobre Belchior. Confira destaques da programação

Evento chega à 27ª edição, com sessões presenciais e exibições virtuais. Ugo Giorgetti terá retrospectiva

Acervo Unifor
Acervo Unifor
Festival exibe documentário inédito sobre o cantor e compositor cearense, autor de grandes sucessos e morto em 2017, após anos desaparecido

São Paulo – A 27ª edição do festival de documentários É Tudo Verdade teve sua programação divulgada pelo diretor e fundador do evento, Amir Labaki. Entre os filmes brasileiros que participam da competição, estão longas sobre o cantor e compositor Belchior e sobre o artista plástico Rubens Gerchman, além de temas como povos indígenas, pandemia, grafites e pichações. O festival começa no dia 31, em formato híbrido (presencial e na versão on-line).

Ao todo, serão exibidas 77 produções, inéditas no país, de 34 países, entre longas, médias e curtas, além de retrospectivas (com o cineasta brasileiro Ugo Giorgetti) e clássicos. O evento inclui debates e conferências, entre outras atividades. Presencialmente, o festival será realizado de 31 de março a 10 de abril em São Paulo (quatro salas) e dos dias 1º a 10 no Rio de Janeiro (duas salas). A versão on-line também será de 31 de março a 10 de abril (plataformas É Tudo Verdade Play, Itaú Cultural Play e Sesc Digital). Confira mais no site www.etudoverdade.com.br.

Segundo a organização, os vencedores dos prêmios dos júris nas Competições Brasileiras e Internacionais de Longas/ Médias-Metragens e de curtas-metragens se classificam automaticamente para apreciação à disputa pelo Oscar em 2023. A premiação está marcada para 10 de abril, no Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo.

Evento chega à 27ª edição, com sessões presenciais e transmissões virtuais. Confira alguns destaques
Cartaz do festival É Tudo Verdade, que trará 77 produções de 34 países
(Reprodução – Foto de Luiz Carlos Barreto)

Retorno às salas

“É um privilégio o retorno progressivo do festival às salas de cinema, respeitados os protocolos sanitários ainda exigidos frente à pandemia ainda vigente, como passe vacinal, uso de máscaras e lotação limitada”, diz Labaki. “O respeito prioritário à segurança sanitária de todos, do público assim como das equipes dos filmes, das instituições parceiras e do festival, impõe ainda um formato híbrido, de transição, para um programa com o grau de excelência tradicional do É Tudo Verdade.”

A sessão inaugural em São Paulo (para convidados) será às 20h do dia 31, com A História do Olhar (The Story of Looking), do Reino Unido, premiado no Festival de Sevilha, Espanha, em 2021. A partir das 21h, o filme ficará disponível por 24 horas na plataforma É Tdo Verdade Play – limite de 1.500 acessos. No Rio, o festival começa às 20h do dia 1º, com A História do Cinema: Uma Nova Geração (The Story of Film: A New Generation), também do Reino Unido. Estará igualmente disponível a partir das 21h.

No encerramento, em 10 de abril, será exibido o longa O Território (The Territory, 93 minutos), dirigido pelo norte-americano Alex Pritz. É uma coprodução Brasil, Dinamarca e Estados Unidos. Narra a luta de um jovem indígena contra fazendeiros em área protegida da Floresta Amazônica. Às 21h, ficará disponível para streaming, na mesma plataforma.

Cinco décadas de Giorgetti

O cineasta paulistano Ugo Giorgetti ganha retrospectiva, com curtas médias e longas produzidos de 1973 a 2021. Esses filmes terão apenas sessões presenciais: Campos Elíseos, R. São Bento, 405 (405 São Bento Street), Quebrando a Cara (Kissing The Canvas), Uma Outra Cidade (Another City), Variações Sobre Um Quarteto de Cordas (Variations For String Quartet), Pizza, Em Busca da Pátria Perdida (In the Search of the Lost Fatherland), México 1968 – A Última Olimpíada Livre (Mexico 1068 – The Last Free Olympics), Comercial F.C. – a Equipe Fantasma (Comercial F.C.) e Paul Singer, Uma Utopia Militante (Paul Singer – An Engaged Utopy). Ele também dará uma master class, em 8 de abril, às 17h, com participação especial de Cláudio Willer e José de Souza Martins e mediação de Rosane Pavam. No YouTube.


Confira abaixo os filmes brasileiros da competição. E aqui a programação completa

Adeus, Capitão (Vincent Carelli e Tita, 175 minutos)

Histórias do capitão Krohokrenhum, líder do povo indígena Gavião (PA), que morreu em 2016

Belchior – Apenas um Coração Selvagem (Camilo Cavalcanti e Natália Dias, 90 minutos)

A trajetória de Belchior, autor de grandes sucessos, que morreu em 2017 após anos desaparecido

Eneida (Heloisa Passos, 79 minutos)

Aos 83 anos, Eneida, com ajuda da filha do meio, Heloisa, busca a primogênita, que não vê há mais de duas décadas

Pele (Marcos Pimentel, 75 minutos)

Sobre grafites, pichações, palavras de ordem e declarações de amor que “revelam desejos, medos, fantasias e devaneios”

Quando Falta O Ar (Ana Petta e Helena Petta, 85 minutos)

A face humana de quem combateu a pandemia de covid-19

quando falta o ar
festival é tudo verdade
Quando Falta o Ar documenta faces da pandemia, com destaque ao olhar dos profissionais de saúde (Divulgação)

Rubens Gerchman: O Rei do Mau Gosto (Pedro Rossi, 76 minutos)

Perfil de um dos mais conhecidos artistas plásticos brasileiros, que morreu em 2008

Sinfonia de Um Homem Comum (José Joffily, 82 minutos)

A trajetória de José Bustani, primeiro diretor-geral da Organização de Proibição de Armas Químicas