PMs da Bahia avaliam continuidade da greve em assembleia
São Paulo – Sem levar em conta o ultimato do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, o porta-voz dos policiais militares grevistas, Ivan Leite, disse nesta sexta-feira (10) que […]
Publicado 10/02/2012 - 19h31
São Paulo – Sem levar em conta o ultimato do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, o porta-voz dos policiais militares grevistas, Ivan Leite, disse nesta sexta-feira (10) que a paralisação dos PMs e bombeiros ainda não acabou. Uma assembleia para decidir os rumos do movimento grevista começou no início da noite, após mais de duas horas de atraso.
“A polícia ainda não retornou. É simples. Quem para é a categoria, e quem decide voltar também é a categoria. Queremos agora que haja uma conversa com o comandante-geral, que a tropa possa ouvir a proposta dele, porque esta proposta de não anistiar os policiais pode ser um novo estopim”, afirmou.
Em entrevista coletiva realizada no final da manhã desta sexta, o comandante geral havia afirmado que a greve terminou. De acordo com ele, o policiamento nas ruas até as 9h era de cerca de 85% do efetivo. Castro ameaçou os policiais grevistas que não retornassem até esta sexta com desconto dos dias parados.
Para Leite, a medida vai agravar ainda mais as negociações com o governo estadual. “A anistia era uma coisa acertada entre o Comando Geral e a tropa. (…) E hoje nós amanhecemos com esta notícia. Os comandantes das unidades estão apertando os policiais dizendo que estão abertos os inquéritos. Fica muito complicado”, disse Ivan Leite. “Se a anistia administrativa hoje for tirada, se disser que quem não voltar hoje vai responder, 100% da tropa vai dizer que é para continuar ”, suscita um dos líderes da paralisação.
Os policiais reivindicam a revogação dos processos administrativos de PMs que participam da greve, anulação das prisões dos líderes, pagamento imediato de Gratificação de Atividade de Policial (GAP IV) e o pagamento da GAP V para março de 2013.
O governador Jaques Wagner propõe o pagamento das gratificações a partir de novembro e de forma escalonada e aumento de 6,5% da remuneração retroativo ao mês de janeiro deste ano.