Comunidade de Mogi das Cruzes resiste à desocupação de suas casas

São Paulo – Moradores do Jardim Esperança, em Mogi das Cruzes, resistem à desocupação de suas casas, solicitada pela Prefeitura Municipal, no início do ano, e se assustam com demolições […]

São Paulo – Moradores do Jardim Esperança, em Mogi das Cruzes, resistem à desocupação de suas casas, solicitada pela Prefeitura Municipal, no início do ano, e se assustam com demolições no bairro, na última semana.  Do total de 23 famílias que moravam no local, oito permanecem cobrando do poder público melhor solução para o caso. Outras 15 famílias aceitaram se mudar, tiveram apoio do Aluguel Solidário, no valor de R$ 540,00 e seguem com promessas de um apartamento no programa Minha Casa, Minha, Vida.

O motivo apresentado pela prefeitura são as obras de canalização e urbanização do córrego dos Canudos para o combate a enchentes no local.  A prefeitura afirma que a área é invadida, pertence a uma faixa verde que será destinada a uma praça e oferece facilidades para a entrada das famílias no programa “Minha Casa, Minha, Vida”, em troca da desocupação imediata.

Os moradores questionam as medidas e dizem não entender o porquê das famílias que moram há 25 anos no local, precisarem agora desocupar suas casas, enquanto permanecem ocupações mais recentes, como a Escola Municipal Lourdes Maria Prado Aguiar, construída há sete anos na região. Também, afirmam que ao longo dos anos pagaram por benfeitorias no local, como água e esgoto, e exigem a indenização para deixar as casas onde moram há 30 anos.

As famílias pretendem continuar no local, estão preocupadas com as condições que são oferecidas e criticam o poder público municipal. Segundo elas, a prefeitura havia informado anteriormente que a desocupação no bairro não seria necessária, mudando o projeto no decorrer das obras.

O advogado representante das famílias, Rodrigo Valverde, afirma que apresentarão uma contra proposta do projeto à prefeitura, alterando o modelo existente para que a obra seja concluída, ao mesmo tempo em que as famílias não precisem desocupar a área. 

Assista reportagem sobre o assunto, da TVT.