São Paulo – Já está se tornando comum para parte dos brasileiros conviverem com os efeitos devastadores das chuvas que atingem a região Sudeste no verão. Se em 2011 a região serrana do Rio de Janeiro sofreu com as catástrofes naturais, e, em 2010, grande parte da cidade de São Luiz do Paraitinga, em São Paulo, ficou encoberta pelas águas da chuva, neste ano é Minas Gerais que padece com os temporais que atingem o estado.

Assim como no ano passado, no estado do Rio de Janeiro, a região serrana já foi colocada em estado de alerta por conta das chuvas previstas para o próximo fim de semana. O governo fluminense colocou à disposição um mapa indicando as áreas em que a população deve permanecer em alerta devido ao grande volume de águas previsto.

Já os moradores de São Paulo não conseguem permanecer tranquilos, tamanha a preocupação nos diversos pontos de fácil inundação na cidade e nas rodovias que interligam o interior e o litoral.

No entanto, a posição de Minas Gerais, até agora, é a mais alarmante. Ao todo, 87 municípios já decretaram estado de emergência, de acordo com o governo estadual. Mais de 10 mil pessoas estão desabrigadas no estado, e a Defesa Civil já confirmou oito mortes.

Visando a remediar os efeitos dos desastres, o governador mineiro Antonio Anastasia anunciou uma série de medidas com a finalidade de auxiliar os atingidos. O adiantamento dos valores pagos pelo Piso Mineiro de Assistência Social – valor básico para o cofinanciamento estadual dos serviços e benefícios de assistência social – e pelo Bolsa Família são as primeiras ações emergenciais. Mais de 150 mil famílias estão cadastradas somente no programa do governo federal nesses municípios.

Além do adiantamento dos recursos às famílias, o governo mineiro também liberará R$ 30 milhões destinados a apoio financeiro para a reparação de danos causados pelas chuvas a micro e pequenas empresas, e cooperativas de municípios declarados em estado de calamidade pública devido às chuvas. A verba é oriunda do Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais (Fundese).

Para Anastasia, a prioridade é restabelecer a ordem nas cidades atingidas pelas chuvas. “Feito isso, entraremos na fase da reconstrução da infraestrutura, das pontes que caíram, das casas. Só após essa segunda fase iremos tratar das obras mais estruturantes, de prevenção. E para isso, claro, vamos contar com o apoio do governo federal”, falou o governador, que pedirá R$ 1,5 bilhão para obras de prevenção a desastres naturais e saneamento básico.

O governo federal, por sua vez, já estimou em R$ 100 milhões o custo de recuperação nas estradas mineiras. O cálculo foi feito pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. “O governo federal está pronto a responder a todas as necessidades, não só em relação às rodovias federais, mas também em relação às do estado”, ressaltou.

Além do auxílio financeiro, o governo federal também pretende ajudar o estado colocando à disposição o Exército. A presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Defesa, Celso Amorim, se reuniram nesta sexta-feira (6) para uma conversa. “Falamos sobre o papel que o Exército tem tido, o apoio que tem dado sobre essa questão das enchentes no Rio de Janeiro, em Minas Gerais”, disse Amorim.

Com informações da Agência Brasil