São Paulo – O governo federal irá auxiliar as tropas do estado do Rio de Janeiro na contenção dos ataques às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) registrados na noite de ontem (20). O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniram hoje com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para pedir apoio das forças federais. “Com o avanço da política de pacificação, o crime organizado tenta desestabilizar a presença da polícia nessas comunidades com ataques covardes”, disse Cabral após o encontro.

As autoridades de segurança pública estaduais e federais se reunirão novamente na próxima segunda-feira (24) no Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro para estabelecerem estratégias em conjunto. Entretanto, Cabral reforçou que as forças estaduais permanecerão em alerta em casos de novos ataques nos fins de semana.

“Até segunda-feira adotaremos medidas da área de segurança pública do Rio de Janeiro, que já estão sendo tomadas, e também não posso adiantá-las, mas vocês podem estar certos que já estão sendo tomadas medidas pela nossa Polícia Militar (PM) e pela Polícia Civil (PC). Estão todos convocados extraordinariamente. Não vamos esperar a segunda-feira, estamos agindo desde hoje, sábado e domingo, e vamos continuar agindo na semana que vem, já com a efetividade do apoio federal. Não estamos parados, estamos agindo”, disse o governador.

O ministro Cardozo afirmou que não há como detalhar quais serão as forças enviadas ao Rio de Janeiro pelo governo federal, mas disse que os órgãos de inteligência nacionais estão desenvolvendo estratégias de intervenção integradas ao serviço de segurança pública estadual. “Tudo está sendo acompanhado para que as medidas corretas e adequadas sejam tomadas no seu tempo e da forma necessária.”

A reunião da presidenta com Cabral, Cardozo e o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, foi realizada em caráter emergencial após os ataques de ontem. As unidades de Manguinhos (UPP Mandela) e de Complexo do Lins (UPP Camarista Méier) foram incendiadas e houve confrontos no Complexo do Alemão, conforme divulgado pelo portal de notícias G1.

Também participaram do encontro o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luís Castro de Menezes, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi.

*Com informações da Agência Brasil