conflito

Polícia Federal volta a terra indígena no MT para conter invasões

Verena Glass/Repórter Brasil 45% da mata indígena Maraiwatsede nativa já foi destruída São Paulo – A Polícia Federal retornou à região nordeste do Mato Grosso para conter a invasão de […]

Verena Glass/Repórter Brasil

45% da mata indígena Maraiwatsede nativa já foi destruída

São Paulo – A Polícia Federal retornou à região nordeste do Mato Grosso para conter a invasão de não índios no local. Há um ano o Supremo Tribunal Federal (STF), em última instância, ordenou a retirada da população não indígena que ocupava a terra Marãiwatsede, dos índios Akwe-Xavante. No começo deste ano, após a saída da Polícia Federal diante de uma situação aparente estabilidade, um grupo de pequenos produtores voltou a ocupar a região.

Raul do Vale, do Instituto Socioambiental (ISA), afirma em entrevista à Rádio Brasil Atual, que a medida é paliativa e que “é necessário que a Funai e o Estado brasileiro cheguem à região de forma permanente, não só com polícia, mas com políticas públicas”.

A operação no ano passado foi delicada, envolveu Polícia Federal, Exército e Força Nacional de Segurança. Houve resistência armada por parte dos pequenos produtores, financiados por fazendeiros. O local não era ocupado apenas por agricultores, mas por três grandes proprietários que dominavam a região e incentivavam as invasões.

Os índios reivindicam não apenas o seu direito à terra, como também as reformas prometidas nos assentamentos. Ao longo do ano passado, ocorreram vários episódios de ameaças, ataques e incêndios.

Em 1966, a comunidade indígena foi retirada de sua terra depois de o governo brasileiro privatizar o território, vendido para um grupo italiano, que instalou a Fazenda Suiá-Missu. Desde então, os índios têm lutado pelo direito à retomada. Na década de 1990, após a Eco 92, o governo brasileiro devolveu legalmente a terra aos índios.

O território possui 165 mil hectares e é habitado por centenas de índios e alguns indivíduos de entendidas de apoio, como da Funai.

Ouça a reportagem: