São Paulo – Como parte da Jornada Nacional de Solidariedade contra a Pobreza e a Fome, realizada por organizações populares, famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná doaram 60,4 mil quilos de alimentos e mil marmitas nesta semana. A comida chegou a mais de 5 mil famílias, em 11 cidades do estado.

A Jornada reúne sindicatos, partidos progressistas, igrejas, e movimentos populares, como o MST. Com a intenção de combater e debater o tema da fome no Brasil, a Jornada foi lançada no dia 25 de novembro e se estende até o dia de Natal, com arrecadação e doação de alimentos e brinquedos para famílias pobres, além de montagem de barracas para utilidade pública, com esclarecimento em relação a direitos e políticas públicas.

No Paraná, as ações já ocorreram em Curitiba, Guarapuava, Arapongas, Rolândia, Londrina, Santa Mariana e Cornélio Procópio, e, neste sábado (23), acontecem em Paranavaí, Telêmaco Borba, Tibagi e Ortigueira.

Em Londrina, foram distribuídos mais de 23 toneladas de alimentos na sexta-feira (22), em bairros como Crystal, Vila Feliz, São Jorge, entre outros. “Para nós do MST é uma satisfação poder garantir que o projeto da reforma agrária é o melhor projeto para o combate à fome no Brasil”, afirma Sandra Ferrer, conhecida como Flor, do assentamento Eli Vive, que fica no município.

Solidariedade e pandemia

José Damasceno, assentando na comunidade Dorcelina Folador, em Arapongas, e integrante da direção estadual e nacional do MST, explica que a solidariedade no MST ganhou força durante a pandemia da Covid-19. “De lá pra cá, essa ação de solidariedade foi se tornando uma prática dentro do MST, cotidiano, uma prática como valor e princípio de vida”, disse. Desde o início da pandemia, em 2020, o MST-PR partilhou cerca de 1.200 toneladas de alimentos, como parte da campanha nacional do movimento.

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A moradora do acampamento Encontro das Águas, em Guarapuava, falou sobre a doação de aproximadamente 15 toneladas de comida na terça-feira (19). “Pra nós produtores, camponeses, é uma imensa alegria poder ter esse momento com quem mora na cidade, produzir alimento sem veneno, alimento saudável é o que a gente trabalha lá no campo”, afirmou.