Grito dos Excluídos espera reunir um milhão em todo o país

Evento tem como foco as críticas à crise econômica mundial e às denúncias no Senado, mas mantém decisão de dar autonomia a cada protesto para debater os problemas regionais

Ato do Grito dos Excluídos em Brasília no ano passado reuniu mais pessoas que o previsto (Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil)

Contraponto anual aos desfiles da Independência, o Grito dos Excluídos tem neste ano um motivo a mais para existir: a oposição ao atual modelo econômico, tido pelos organizadores como culpado pela crise financeira mundial.

O evento espalhado por todo o país na segunda-feira (7) tem como lema “Vida em primeiro lugar, a força da transformação está na organização popular”, como explica Ari Alberti, integrante da Secretaria Nacional do Grito dos Excluídos: “questiona esse modelo econômico que está aí, que se sobrepõe à vida, e diz que, se quisermos mudanças, teremos que construir”.

Ainda que a crise econômica esteja no centro da questão, cada região, como sempre, mantém a autonomia de apresentar seus próprios problemas, reivindicações e peculiaridades.

Juvenal Rocha, integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), uma das organizações que participa da coordenação do evento, destaca a preservação do meio ambiente como uma das questões mais imediatas a serem trabalhadas. Para ele, a situação se agrava com a falta de políticas públicas que possam frear o avanço do desmatamento e do agronegócio. “O Grito mantém a população pelo menos informada de uma situação que pode diminuir a vida do planeta”, diz Rocha, lembrando que o combate ao trabalho escravo e o limite da propriedade rural também fazem parte das reivindicações.

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